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quinta-feira, 29 de abril de 2010

O fim da religião

Há muitos e muitos anos atras, o ser humano primitivo explicava tudo através de deuses e de fenômenos sobrenaturais. As chuvas, a lua, o sol, a morte, o nascimento, as guerras, tudo era causado por forças místicas e haviam deuses e entidades envolvidos em todos os fenômenos existentes. Esses deuses tinham vontade própria e sentimentos humanos, uns eram furiosos, outros eram brincalhões, e alguns eram bondosos.

Com o tempo, o homem foi aprimorando seus conhecimentos e começou a perceber que nem tudo era causado pelo mundo sobrenatural, começou a ver que sol é uma estrela, que as colheitas variam de acordo com a fertilidade do solo e que bebês nascem por causas totalmente banais. A medida que o conhecimento científico do mundo avançava, os deuses iam se tornando desnecessários.

Aos poucos, os deuses foram perdendo o espaço. Pouco a pouco, a ciência foi evoluindo e aquilo que estava além dela foi se encolhendo cada vez mais nas lacunas deixadas pelo conhecimento científico. Um a um eles iam sendo esquecidos, deixados de lado por sua inutilidade.

A grande maioria da população mundial foi subtraindo deuses até ficar com um só, e pela tendência da história da humanidade, futuramente esse último também será inútil e desaparecerá como os outros, pois a ciência não para de avançar, Deus está ficando sem ter o que fazer. Agora, ele só é invocado para resolver meia dúzia de questões sem explicação.

Alguns mistérios sobre origens do universo, curas milagrosas e evolução das espécies são as poucas armas que foram deixadas nas mãos dos teólogos. Armas que não são nada mais do que as brechas deixadas pela ciência, buracos no conhecimento científico que serão descobertos com uma questão de tempo. Como já dizia Richard Dawkins, a adoração das lacunas é o esporte preferido dos religiosos, pois a religião floresce nas lacunas da ciência.

Na idade média, o número de possessões e exorcismos era enorme, foi só o nosso conhecimento sobre psicologia e medicina avançar um pouquinho que os demônios praticamente sumiram e deram lugar á epilepsia e outras doenças mentais. Esse processo vem se repetindo cada vez mais. A religião de hoje não explica nada, é só uma alternativa, uma teoria a mais para se tentar explicar aquilo que a ciência ainda não explicou.

Antigamente, períodos de seca significavam ira dos Deuses. Mas foi só adquirir conhecimento meteorológico e geológico para saber que o funcionamento do planeta pode ser previsto por uma rede de causas e consequências.

Foi assim desde o início da história da humanidade: quanto mais a ciência avançava, mais a religião ia perdendo força. E esse processo não parou, muto pelo contrário. Ele está mais rápido que nunca, cientistas já conseguiram inúmeras proezas que estão cada vez mais frequentes. O dia em que a evolução, a origem do universo e a consciência humana forem explicados, Deus ficará sem ter onde se esconder. Não haverão mais lacunas no conhecimento científico. Não existirá mais uma segunda teoria, ou segunda alternativa religiosa para se explicar um fenômeno. A ciência terá atingido seu ápice e a existência humana terá sido analizada até seu âmago.

Não acho que estarei vivo quando este dia chegar, mas ele chegará. Mais cedo ou mais tarde a fisica quântica, a astronomia e a física irão estar desenvolvidas bem o suficiente para explicar o universo por inteiro. Neste dia, a inutilidade da religião para explicar fenômenos da vida será evidenciada, e os religiosos poderão apenas dizer que Deus se aposentou e foi para um outro universo.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

O vazio do "Tao"

Todos já viram o símbolo do Yin e Yang, mas geralmente só enxergam o conceito de "equilíbrio entre opostos" que ele traz. O Taoísmo tem uma filosofia extremamente profunda e eu ainda não conheço ela por completo, mas andei lendo livros sobre o assunto e descobri um outro conceito de Taoísmo que não era tão famoso quanto o e de equilíbrio.

O conceito do vazio.

Um vaso pode ser feito de barro, mas é no vazio de seu interior que está sua utilidade.

Uma casa pode ser feita da mais refinada pedra, mas é no vazio de seu interior que está sua utilidade.

Um pote vazio é muito mais fácil de carregar do que um pote cheio.

A maior parte do universo está vazio.

Essas são algumas das frases que resumem o conceito de forma abstrata, o vazio do tao é a ausência, o não-ser, o não-sentir, a neutralidade. Você não deve ser egoísta, nem altruísta, nem bom nem mau, apenas neutro. Você deve estar acima dos conceitos.

Tudo na vida é feito de comparação entre opostos: você sabe o que é leve porque sabe o que é pesado. Você sabe o que é bonito porque já viu algo feio, você sabe o que é se sentir bem porque se sentiu mal. Nessa comparação, o contraste entre os opostos vai ditar nossa oscilação sentimental, se você está carregando algo muito pesado e depois carrega algo leve, a diferença de pesos será o tamanho do seu alívio. O oposto também acontece: se você leu um livro muito interessante e logo depois leu um livro ruim, a diferença entre os dois livros será igual a sua decepção para com o segundo livro.

Por isso, para o Tao, não se cultiva nem sentimentos bons, nem ruins, pois ambos são perigosos, ambos criam contrastes desnecessários. Se uma pessoa que você odeia fala mal de você, você sente repulsa. Se uma pessoa que você gosta muito fala mal de você, você sente decepção. Mas se você é totalmente indiferente á pessoa, não será afetado. Ou seja, apenas aquele que é neutro e indiferente é superior. Nem aqueles que cultivam a positividade estão tão equilibrados quanto o neutro, pois eles sofrerão os efeitos do contraste.

E ser neutro é ser vazio. Não ter tendencias, opiniões, sentimentos ou apegos. Aquele que é vazio é mais leve, maleável, flexível e adaptável.

Não sofrerá contrastes pois está no ponto de equilíbrio,

Não sofrerá por perdas pois não considera nada como sendo seu

Não sente repulsa nem admiração

Não nutri ódio nem paixão

É vazio.

Acho humanamente impossível atingir este estado de neutralidade, mas é um bom foco para aprimoramento pessoal. Fica aí, a reflexão.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Dilemas da paixão III

Você está andando despretensiosamente pela estrada da vida. Apenas observando a paisagem e ouvindo o barulho dos pássaros, nada mais. Você não está planejando nada nem pensando em nada de específico, apenas andando, apenas vivendo. Tocando seus objetivos pra frente num ritmo natural e normal. Andando normalmente, nem devagar demais, nem rápido demais. Só de boa.

De repente alguém passa por você. Tão rapidamente que você mal tem tempo de olhar quem é. Vê apenas o rosto, o exterior, não tem nem tempo de conhecer direito. Passa e vai embora, se distanciando no horizonte.

Então tudo treme! A estrada começa a rachar e o céu fica escuro sem nenhuma explicação, terremotos começam a tirar seu equilíbrio e você perde seu norte. O que diabos aconteceu?

Você corre para encontrar um abrigo e vê aquela pessoa de novo, e como que num passe de mágica, os terremotos param, e o céu começa a esclarecer. Você, muito assustado na hora, não liga os fatos e apenas aproveita para conversar com a pessoa enquanto o tempo clareia. Você descobre que ela é também uma pessoa muito legal e cheia de qualidades.

Então, o papo acaba e os dois se levantam, mas a medida que vão se distanciando um do outro, os tremores recomeçam e as núvens voltam, mas que diacho!

Então uma luzinha se acende na sua cabeça: é ela! É essa pessoa, ou melhor, a ausência dessa pessoa que está causando tudo isso! Quanto mais longe dela eu estiver, mais violentos serão os terremotos e as tempestades! Ohhhh gênio, sério? Que bom que você percebeu, mas você ainda não pensou numa coisa Einstein, será que o mundo dela também fica assim quando você está longe? Será que você causou o mesmo efeito nela? Ou será que essa pessoa te vê do mesmo jeito que vê uma árvore plantada na rua?

Bem, convenhamos, você nunca vai saber a resposta para essa pergunta mesmo, então o jeito é correr atrás e convencê-la aos poucos de andar lado a lado com você. Temos também a opção 2 (a dos covardes) em que você se afasta dessa pessoa e espera a tempestade passar.

Caso opte pela 1, durante o processo de convencimento você não pode grudar nela o tempo todo, se não ela vai achar você uma pessoa carente, necessitada e dependente (o que de certa forma é verdade, dada a situação). E aí você pensa: "mas ficar longe dessa pessoa é tão ruim!"
Ruim agora trouxa, antes de conhecê-la não era não, era normal. Então acostume-se.

Eu sei é relamente muito difícil de lidar, afinal com apenas uma passada do seu lado, apenas um olhar, essa pessoa fez a sua vida parecer incompleta. Com apenas uma ou duas breves conversas, essa pessoa parece exercer todo o equilíbrio necessário para que você continue caminhando. Essa pessoa parece ser muito mais do que ela é...
Isso porque você é um trouxa. Se isso aconteceu é porque você está emocionalmente carente e necessitado!
Mas tudo bem, faz parte da vida. É bom se paixonar, é bom descobrir o outro aos poucos, só não é bom quebrar a cara, então vê se durante o processo você presta bastante atenção na pessoa com quem você está lidando pra não me vir chorando depois, OK?

Bom, passadas as preliminares, você tem em mãos a receita da felicidade ou da desilusão completa. (Sim as duas usam os mesmos ingredientes) Você já tem expectativas, paixões acumuladas, frases que você está louco pra dizer, mas que está aguentando chuva e tremor só para esperar pela hora certa. Você já tem todo o apego e toda uma paixão nutrida pela pessoa. A faca e a manteiga tão na mão, o dedo tá no gatilho.....bem você entendeu.

Essa geralmente é a hora em que você se ferra (e feio). Ou, se você for muuuuito sortudo, a hora em que você encontra seu pote de ouro no final do arco-iris.

Não fique tenso só porque todas as suas esperanças e expectativas estão dependendo do modo como você equilibra suas ações. Isso é básico: basta ser romantico e frio, carinhoso e firme, atencioso e distante, carismático e sério, tudo ao mesmo tempo. AH! E você também tem que ser você mesmo, se não, não da certo. Viu como é simples?

Não se estresse só porque uma frase dita antes da hora pode arruinar meses de investimento. Essas coisas acontecem. Faz parte do jogo da paixão.

E não se engane se o jogo parecer injusto. Ele é justíssimo. Mas é que ele segue a lei do mais forte, não do mais apaixonado.

Mas vai lá, tenta. É melhor morrer de desilusão do que viver na dúvida....não é?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Desejo

Ele vem lentamente, sinuoso como uma serpente espreitando a presa. Suave, quente e manso, ele vai tomando conta de cada parte do corpo, vai alimentando fantasias, uma atrás da outra. Fantasias românticas, serenas, poéticas, belas em toda sua ternura. Como uma valsa ritmada, ele se propaga calmamente, bonito e elegante.

Mas como o fogo que consome tudo indistintamente, ele não tem limite por si só, e começa a arder com mais força de dentro para fora. Ele vem, implacável em intensidade, se espalha numa explosão violenta de vontade de ter, vontade de possuir, vontade de tocar, vontade de experimentar. Nessa hora as fantasias já estão beirando o instinto puro, não há mais poesia nem lirismo na voracidade do desejo explosivo, ha apenas a louca e quase que incontrolável vontade de simplesmente pular em cima do objeto desejado e saciar a vontade animalesca e violenta que ele causa.

Nesta hora, a razão vem com suas correntes e rédeas como um cavaleiro disciplinado, e nos segura (e com força). Amarra nosso coração junto com nossos instintos e começa a domá-los como num rodeio. A batalha é tão feroz que um observador externo pode até notar um lábio sendo mordido, um punho sendo fechado, uma respiração ficando mais ofegante, a língua passando nos fábios... dá pra notar o desejo nos contorcendo como se estivéssemos sendo imobilizados contra nossa vontade. Ele tenta nos dobrar, a razão tenta nos manter de pé. Apenas a ponta do iceberg é visível, lá dentro a mente tenta acalmar a tempestade causada pelo desejo numa luta de foças opostas. E aos poucos, como um animal feroz, o desejo vai sendo domado, vai se acalmando, ficando manso de novo. A razão triunfa com sua tenacidade e frieza e apaga achama descontrolada da vontade de ter.

Há momentos em que isso tudo acontece em menos de um minuto....

e há momentos em que o desejo é forte demais para que a razão o segure, esses momentos rendem muitos filmes, livros, novelas, poemas, relacionamentos, casamentos e divórcios.

terça-feira, 20 de abril de 2010

A mulher perfeita

A fusão perfeita entre a "princesinha" e a "mulher fatal". O ápice da feminilidade sendo expressa em todas as suas formas suaves e agressivas.

A mulher perfeita é inegavelmente linda, tem um belo corpo e sabe se cuidar. É elegante de forma sensual e comedida, não comete exageros com a beleza, não precisa chamar atenção pois já faz isso naturalmente com seu magnetismo pessoal.
Ela é como um sol, quando entra num lugar parece que a gravidade está a favor dela, os olhares, as atenções vão inconscientemente se acumulando sobre ela, com seu lindo sorriso e seu jeito simples, divertido e sedutor. É carismática, bem-humorada e principalmente positiva.

A princípio ela tem um "quê" de meiguice, de inocência, de ingenuidade que a faz parecer mais pura, mais sagrada. Que desperta o instinto protetor e atiça a curiosidade. Um tipo de aura de castidade parece cercá-la. Mas aos poucos, com a conquista da intimidade, ela vai vagarosamente se mostrando uma mulher forte, sedutora e apaixonante. Se você olha para a mulher perfeita você nunca consegue concluir com certeza qual das duas ela é: a santa, ou a "fatal". Porque ela equilíbra as duas numa fusão perfeita de meiguice e malícia

É humilde, não tenta roubar a cena deliberadamente nem se acha mais perfeita que as outras, semrpe elogia outras mulheres e não se deixa levar por ciúmes ou exclusivismos. Ela não está competindo num concurso de beleza, portanto, ninguém pode competir com ela.

Ela é o equilíbrio entre a independente e a submissa, entre a carente e a autônoma, entre a menina e a mulher. É flexível, compreensiva, tolerante e paciente.

A principal característica da mulher perfeita é o jeito que ela demonstra seus sentimentos. É sincera e não tem medo de mostrar o que sente por causa de orgulho ou ego, usa belas palavras e belos gestos para dizer "eu te amo" de mil maneiras diferentes.

Sabe, da maneira certa, e na dosagem certa, deixar o homem ser seu protetor, e sabe proteger a si mesma quando necessário. Sabe quando ceder e quando manter sua posição, quando se virar sozinha e quando procurar por ajuda. Está acima dos conceitos sociais e não é machista muito menos feminista.

Uma rainha que sabe agradar seu rei, merecedora de todos os mimos e exclusividades a ela dirigidos. Uma mulher que faz por merecer, uma forte mulher e uma bela princesa juntas em uma só pessoa.

OK

Eu sei, eu sei, essa mulher não existe, essa descrição é inclusive muito tendenciosa, essa seria mais a "minha" mulher perfeita. Vejo que o processo de divinização da mulher não acontece da mesma maneira para todos os homens.
As vezes me pergunto qual a mulher que eu realmente mereço qual o nível de maturidade de uma mulher que esteja á minha altura, estou cada vez mais próximo de descobrir....

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Ensaio sobre a vida


Agradeceremos aos amigos que ajudaram e ao inimigos que machucaram, agradeceremos aos amigos que machucaram e os inimigos que ajudara, ou seja: todos aqueles que nos ensinaram.
Todos os que convivem conosco merecem nossos agradecimentos por nos proporcionarem esses momentos, pois eles são os professores da vida, e esta é feita deles. Cabe a nós decidir se vamos aproveitar o melhor de cada momento ou se vamos remoer mágoas e nos deixar paralisar por traumas, pois se você olha para o seu passado e se define por aquilo, você se condena a não ter nada mais do que o mesmo no futuro, não se deixem levar por ciclos viciosos, simplesmente porque eles viciam.

Arrependam-se do que vocês fizeram, não do que não fizeram, nossa melhor bússola para indicar nossos objetivos são nossos sentimentos, mas o veículo que irá nos levar até eles são nossas ações. O mundo é uma rede de ações e reações, aja e você terá resultado. Fique parado e você se verá na angústia da inércia da vida de alguém quem não tem iniciativa. É um ciclo vicioso.

Aquilo que nos fere, só deve nos ferir uma vez, isso se chama aprendizado. Aquilo que nos alegra, deve nos alegrar sempre, isso se chama felicidade. Há uma grande diferença entre ver uma situação negativa e se sentir triste por ela, e ver uma situação negativa e, através dela, se preparar para as próximas experiências da vida (isso se chama otimismo). Se a vida pode ou não ser um mar de rosas, eu naõ sei. Mas sei que ter o equilíbrio de esperar pelo melhor e estar preparado para o pior te torna inabalável, isso se chama otimismo realista.

Devemos usar nossos sonhos como combustível lírico para manter o brilho da vida, mas nãodevemos ser dependentes deles, pois a vida se vive no presente. O verdadeiro sonhador não se afoga em mágoas por um sonho não realizado, ele simplesmente não para até que o sonho se concretize, e o mundo e vasto sempre havera algo com o que sonhar, por isso, falta de ânimo nunca será uma boa desculpa para desistência. O combustível que nos move é tão abstrato quanto infinito e pode ser encontrado a qualquer hora em qualquer lugar.

Saberemos aproveitar nossas experiências passadas através de nossos pensamentos, mas depois da reflexão sobre nossos atos, retomaremos nossa caminhada, pois só se vive a vida olhando para frente, e só se entende a vida olhando para trás. E é por isso que quem anda olhando para trás sempre cai, porque vive através do ciclo vicioso do passado. A chave para a caminhada segura esta em saber quando andar e quando parar para olhar para trás afim de se certificar de que o caminho está correto. Isso é equilíbrio entre opostos. É Yin e Yang.
O mundo muitas vezes é mais simples do que pensamos que ele é, por isso não confabule sobre a base teórica dos princípios que regem seus atos, pelo menos não enquanto a oportunidade estiver lá para ser aproveitada. Pois o mundo é de quem faz. Não percam oportunidades por falta de ação, vão e façam. Duas coisas podem acontecer: uma é vocês acertarem, se sentirem bem com isso, saber que foi a coisa certa a fazer e seguir em frente. Outra e vocês errarem, se sentirem estimulados com isso, aprender com o erro e seguir em frente. Nas duas opções a vida continua. As leis do universo são tão perfeitas que de um jeito ou de outro, nós semrpe teremos a chance de evoluir com nossas experiências. A vida é assim, podem parar para ver.

É bom ressaltar que não existem boas ou ruins. A experiência é algo neutro que vai nos deixar mais sábios, mais cautelosos, mais maduros e mais fortes. Se ela é algo bom ou não, isso depende da sua visão de mundo. Pessoas que falam que tiveram experiências ruins aqui e ali sofrem de falta de foco, pois o fato é que experências vão sempre lhe engrandecer como pessoas.

Nunca use sua idade como indicativo de sabedoria, nem mesmo dentro da privacidade de seus pensamentos. Só porque você percorreu um caminho maior do que o de algumas pessoas, isso não quer dizer que você tenha aproveitado as experiências que lhe foram oferecidas através de oportunidades ao longo do caminho. Afinal, quantidade nunca indicou qualidade em lugar nenhum.

Emfim, a vida foi feita para ser vivida, tudo tem um propósito, mas não é por isso que vamos buscar o porquê de todas as pequenas coisas do dia-a-dia, ser sábio é ser poderoso, mas como teoria e prática tem que andar juntas não se gabem por saberem demais, vocês podem ter feito de menos, afinal quem tem muito mais teoria do que o normal provavelmente deve ter parado para pensar quando era hora de agir. Também é possível viver sem pensar, viver só de prática, sem nenhuma reflaxão. Mas vocês irão sofrer duas vezes mais por não saber os motivos dos maus momentos, e a angústia de não entender o mundo a sua volta será seu castigo pelo seu excesso de impetuosidade.

Então, equilibrem-se e vocês estarão prontos para seguirem seu caminho sem ressentimentos ou mágoas. E lembrem-se, se equilibrem antes de tentar equilibrar suas relações com os outros. Não peçam o que não são capazes de dar a si mesmos, pois a caminhada em busca da felicidade começa sempre de dentro pra fora.

Revogam-se as disposições em contrário.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O homem perfeito

Dizem por aí....

...que o homem perfeito é a fusão de dois opostos. Um príncipe quando se trata de bons modos, um poeta quando se trata de expressar sentimentos, um líder quando se trata de postura e um verdadeiro deus grego quando se trata de beleza.

Ele não é demasiadamente pegajoso, nem frio demais. Se mostra levemente distante, firme e seguro, mas surpreende a mulher com mimos imprevisíveis e originais.

Não liga toda hora, mas liga em horas inesperadas. Reconquista a mulher dia após dia numa mistura perfeita de firmeza e delicadeza, fazendo coisas pequenas que demonstram seu carinho e, de vez em quando, coisas grandes para marcar momentos especiais.

Ele é flexível, compreensivo, solícito e moderno. Entende as necesidades emocionais da mulher por inteiro. Tem paciência e tenacidade para levar o relacionamento adiante, resiste as oscilações sentimentais da parceira com firmeza e compreensão, nunca reprimindo-a por expresasr seus sentimentos. Sabe entender a linguagem subjetiva da mulher, ler nas entrelinhas e inferir as mensagens que ela passa com um olhar ou com um tom de voz diferente, não vê apenas o óbvio, vê sempre além, como se enxergasse através de sua companheira.

Este homem também não demonstraria insegurança de uma maneira débil e fraca, tampouco ciúme controlador sufocante. Ele se manteria superior ás situações: demonstraria com calma e controle, qualquer tipo de insatisfação, conversando abertamente com a parceira. Nada de proibições ou restrições, ele sabe que não é dono de ninguém e vai apenas pedir com sinceridade por alguma concessão por parte da parceira. E nada de vinganças, o homem perfeito sabe que todos (os imperfeitos) cometem erros e que temos que ter paciência para perdoar e ajudar a melhorar.

Nada de infidelidade. O homem perfeito seria inexoravelmente fiel. Totalmente apaioxando pela parceira. Ele jamais sequer pensaria em outra, por mais irresistível que esta pudesse lhe parecer. Se saísse com amigos para boates, bares ou festas, mal se aproximaria de outras mulheres. Sua fidelidade seria inquestionável. Porém, sua incrível aparência e carisma atraem diversas mulheres constantemente, o que faz com que sua companheira se mantenha constantemente ciente do prêmio que tem em mãos.

Não seria necessariamente um multimilionário. Mas teria estabilidade financeira, casa própria e carro próprio. Possuiria independência e autonomia na vida e poderia prover o que fosse necessário para sua parceira. Teria elegência, estilo, bom gosto e saberia se cuidar bem. Além de ser inteligente, carismático, bem humorado e carinhoso.
O suposto homem perfeito tem presença e pegada. Firmeza de homem na hora do sexo e um beijo caloroso e apaixonado.

É o que dizem...

OK

Esse príncipe encantado não só inexiste como também é, por definição, incoerente e impossível. Eu fico pasmo com o fato de que ainda existem mulheres que acreditam que um homem assim seja psicologicamente e socialmente possível. Acho que essas qualidade fusionadas em um único homem ferem até as leis da física.

Existem homens que podem até chegar um pouco perto desse quadro, mas sua parceira tem que ser igualmente magnífica. Vejo mulheres razoavelmente bonitinhas querendo caras gatos, mulheres com mentalidade de uma menina de 11 anos querendo um "Einstein carismático", mulheres que não tem nem ensino superior e ainda moram com os pais querendo um dono de empresa.

Não há problema nenhum em mulheres normais. A maioria das pessoas no mundo é normal: financeiramente, intelectualmente e sentimentalmete. Mas o problema é quando uma pessoa normal quer alguém excepcional, aí é sonhar acordado. Relacionamentos são espelhos sociais.

O grau de perfeição que um homem tem que ter para unir os dois extremos da personalidade masculina é altíssimo. Muitas mulheres não se dão conta disso, acham que é o mínimo a se esperar de um homem. Mas não é, isso é o máximo do máximo. Isso não é o que elas merecem, isso é o que as mulheres perfeitas merecem.

Mas o perfil da mulher perfeita, eu vou traçar num próximo post, até porque homens não sofrem da síndrome da perfeição com tanta frequência. O problema masculino é outro...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nada leva você


O vento leva poeira
O tempo leva paixão
O mar leva as ondas
Nas ondas, uma lição

Apreensivo, observo
Coisas que o tempo leva embora
E me gabo de ter você
Meu tesouro, minha aurora.

Aurora que ilumina
Em tempos de escuridão
Que me encanta, que me fascina
Que alimenta minha paixão.

Uma bela flor perfumada
Cheia de ternura
Que apenas com o olhar
Leva-me a loucura.

Infinitas qualidades
Que me despertam na alma
A atração que me agita
E o amor que me acalma

Se a beleza esta
Nos olhos de quem vê
Eu devo confessar:
Só tenho olhos para você.

Um anjo, uma fada,
Não consigo te descrever
Nem as metáforas mostram
Tudo que eu vejo em você.
Meu eterno tesouro
Minha preciosidade
Que mesmo á distância
Me provoca com saudades.
O interesse virou atração
A atração virou paixão
A paixão virou amor
Que agora guia meu coração.

Tudo que vejo, tudo que toco
Parece se desfazer
Mas há uma Deusa na minha vida
Que não quer desaparecer
Pois desde seu jeito de ser
Até a sua beleza
Parecem instigar-me
Nas minhas maiores fraquezas
E através de eras e eras
Teu amor se conservará
Não importando a hora
Não importando o lugar
O vento leva poeira,
O tempo leva paixão
Mas nada é levado daquele
Que cultiva em si a afeição
O vento leva poeira,
O tempo leva paixão
Mas nada leva você
De dentro do meu coração.

O ápice dos poemas românticos já escritos por mim. O poema do qual eu mais me orgulho, e que até hoje representa muito do lado romancista que resiste á onda de ceticismo sentimental que me invadiu nos últimos meses. Além de ser o poema romântico mais longo que já escrevi, é também o primeiro que decorei para declamar para a pessoa para quem ele foi escrito na época.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ceticismo sentimental


Ser cético é basicamente acreditar apenas frente á provas concretas, dados de pesquisas, conclusões tiradas a partir de fatos observáveis. Poucas pessoas no mundo são céticas quando se trata de espiritualidade, mas quando se trata de relacionamentos, eu vejo que o precesso prático de aprendizagem da vida funciona.

Como já disse em muitos textos anteriores, a vida nos ensina através dos fatos e das experiências que ceticismo é saudável, previne danos, reduz stress e diminui nossas chances de frustração. No primeiro relacionamento, tudo é geralmente um mar de rosas, somos extremamente crédulos quanto ao quão especial a outra pessoa é, sua maturidade, suas qualidades e sua aparente ausência de defeitos. Acreditamos com tanta facilidade na sintonia amorosa que nos frustramos quando vemos que a realidade difere das nossas expectativas.

Logo esse processo vai se repetindo, a cada vez que passamos por uma experiência ou vemos pessoas próximas a nós passando, ficamos mais céticos, menos crentes na beleza da paixão, para poder nos proteger contra os graves danos da frustração. Gradualmente, nossas defesas vão melhorando junto com nossa experiência, mas nossa capacidade de viver o momento, de nos entregarmos a paixão e principalmente de sonhar, vão ficando apagadas, vão perdendo a vóz dentro de nós.

O ceticismo faz isso em todas as áreas, não é só na sentimental. Ele parece roubar parte do brilho da vida, parece levar embora nosso fascínio pelo belo e deixar uma dura parede defensiva no lugar.

Mas ceticismo não precisa ser sinônimo de uma vida em preto e branco. Não é necessariamente a morte da beleza dos momentos que nos fazem querer viver. Para toda a luz que o ceticismo apaga, outra pode ser ascesa em seu lugar. Com maturidade e realismo otimista podemos achar o equilíbrio entre sonho e realidade.

Mas para ter os pés no chão e a cabeça nas núvens ao mesmo tempo, é preciso ser grande.

E para ser grande é preciso connhecer a si mesmo, ser humilde e ter consideração pelo sentimentos dos outros. Não mentir para si mesmo, admitir os próprios defeitos, destruir o orgulho e livrar-se das amarras do próprio ego.

Não ha nada de errado em saber que o principe encantado e a princesa não existem. Mas se seguir os passos acima citados, você vai chegar bem perto do status de realeza, e se isso acontecer, não se precoupe, pois semelhante atrai semelhante. Você vai arranjar alguém tão bom quanto você.

Livre-se dos extremos e das restrições do tipo:

"nunca namoraria alguém que...."
"Só não tolero gente que..."
"Pra mim a pessoa tem que ser..."

Cuidado com frases desse tipo, mesmo que se refiram a coisas que você não faria. Generalizações são o primeiro passo para a intolerância, e intolerância é a maior barreira de um relacionamento.

Admita que as pessoas, assim como você, tem erros, não são perfeitas e nem sempre correspondem as suas expectativas. Aceite que as pessoas não nasceram necessariamente para te servir e inflar seu ego e que você muito provavelmente não se conhece bem o suficiente a ponto de sempre saber o que é melhor para você e para aqueles ao seu redor. Muitas vezes você vai se enganar.

Seja cético. Isso não quer dizer que coisas maravilhosas não possam acontecer com você. Até os mais céticos do mundo sabem que é possível ganhar na loteria. Pode ser que você ache alguém muito parecido com você, e que as coisas aconteçam de forma quase que mágica entre vocês, mas isso não quer dizer que o resto de sua vida será perfeito, lembre-se de que você mesmo é imperfeito, como poderia ter uma vida perfeita e um par perfeito?

Mas é possível ser muito bom, é possível ser maravilhoso, é possível ser magnífico, então, é possível ter uma vida maravilhosa com uma pessoa maravilhosa. Nunca se esqueça disso. Sua vida e as pessoas que te rodeiam são um reflexo de você mesmo. Ser cético é não almejar mais que isso. Primeiro aprimore a si mesmo, para depois esperar mais da vida.

Ceticismo sentimental é não acreditar nas palavras, apenas nos atos. Se um contradizer o outro a prioridade é sempre do segundo.

É nunca pedir mais do que se pode dar.
É nunca querer que o outro seja mais do que você é.
É se entregar aos poucos, na medida que sua segurança lhe permitir.
É conhecer a si mesmo e reconhcer os momentos difíceis.
É acreditar nas provas, as provas que sua vida te forneceu, que as pessoas te dão através de seus atos.

Não quer mais se machucar? Seja cético.

Mas lembre-se, quem vive duvidando de tudo e de todos e se acha um mártir do amor, um sofredor sentimental, uma vítima, um coitado alvo da malícia alheia, não vai evitar de se machucar. Como já dizia o filósofo: conhece-te a ti mesmo.
Quer achar a pessoa certa? Seja cético.

Observe, estude, analise. Os atos das pessoas dizem muito mais sobre elas do que suas palavras. Compare um com o outro e você terá a verdade. Teste, ponha tudo á prova. Apenas acredite perante provas, apenas se convença perante observação. Mas lembre-se se você não conhecer a si mesmo, conhecer outros será inútil.

Seja cético, e acredite apenas nas maravilhas que você mesmo pode proporcionar para a sua vida através de esforço pessoal e do auto-conhecimento....

...o resto virá como consequência.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Análise crítica do lívre arbítrio

Estive lendo alguns artigos, entre eles um de Robert Blatchford e outro de Howard Kahane sobre lívre arbítrio. Refleti um pouco em cima desses artigos e comparei-os com outros conhecimentos anterriores para escrever este post.

O lívre arbítrio tem por princípio o fato de que somos todos livres para decidir, livres para escolher aquilo que queremos dentro das limitações das leis da física (ninguém acredita que podemos voar só pelo fato de querermos). Nós sabemos que alguns tipos de doenças mentais também tiram o lívre arbítrio das pessoas, mas esse não é exatamente o foco do texto.

O que quero analisar aqui é até onde somos realmente livres para tomar nossas decisões. O homem é livre para fazer o que quer, mas o que o faz querer? Arthur Schoppenhauer foi um dos primeiros filósofos a dizer que "primeiro desejamos" e depois "conhecemos nossos desejos". Portanto, temos desejos naturais de seres humanos a serem satisfeitos, fazem parte de nossa biologia básica, é a nossa genética.

Há também outro fator incluído na formação de nossas escolhas, que é o meio. Para Skinner, o meio formava 100% de um indivíduo. Todos nasciamos iguais, sem nenhuma pré-disposição e o meio nos moldava através de experiências. Esse conceito foi aperfeiçoado mais tarde por outros psicólogos.

Se unirmos uma coisa com a outra temos duas variantes: genética e meio.

Nenhum comportamento, nenhuma escolha, nenhuma decisão nossa escapa á essas duas variantes, que estão obviamente além do nosso controle. O livre arbítrio desconsidera essas variantes e diz que tudo depende apenas de nossa vontade, porém se esquece do fato de que nossa vontade é produto da genética e do meio. Se encarássemos a vontade como algo exterior e superior a essas variantes, colocaríamos na cadeia todos os assassinos que sofrem de disturbios mentais, crianças traficantes de favela e tantos outros que não "escolheram" fazer o que fazem exatamente por vontade própria. Se todos somos livres para escolher, os que escolhem errado detem total responsabilidade pelos seus atos certo? E se todos somos livres para escolher, não importa onde uma criança venha a nascer ou que tipo de educação que ela teve, ela pode escolher não traficar certo?

Não é preciso ir muito longe para ver que lívre arbítrio não está além da genética e do meio. E se ele não está além, seu próprio conceito cai por terra. Não somos livres para escolher, somos moldados a partir de genética e meio para escolher do jeito que escolhemos. O "dom" do livre arbítrio está limitado ao lugar onde nascemos e nossa pré-disposição genética, Deus não parece ter levado em conta as variantes de Skinner e Arthur Schoppenhauer para nos presentear com esse suposto dom.

Então, eis que os defensores do lívre arbítrio leventam outra questão: e gêmeos idênticos, criados pela mesma família, que tomam caminhos diferentes na vida?

Esse argumento parece forte a princípio, pois assume-se que os gêmeos tenham uma genética parecida e o mesmo meio, logo seriam pessoas com mentalidades iguais. Então a tal "vontade" entraria em ação, fazendo-os escolher caminhos diferentes.
Para começar, não conheço nenhum caso pratico assim. Mas mesmo que conhecesse, a genética de gêmeos tem diferenças grandes o suficientes para um herdar doenças como diabetes e o outro não. E quando falamos de "meio" não estamos falando de um bairro ou de uma cidade em particular, até porque se assim fosse, todas as pessoas de uma cidade seriam iguais.

Quando falamos de meio, nos referimos a todas as influências externas causadas por terceiros, todas. Amizades, escola, experiências, relacionamentos, eventos que as pessoas testemunham, etc...

É claro que mesmo que gêmeos frequentem a mesma escola e tenham os mesmos amigos, isso não quer dizer que as mesmas experiências acontecerão com os dois da mesma maneira e ao mesmo tempo. Eles com certeza não serão tratados da mesma maneira pelas pessoas e desenvolverão habilidades diferentes. Portanto influências do meio e genética são muito mais sutis do que se sugere a princípio.

Com isso temos uma contra-argumentação relativamente boa para o lívre arbítrio. Se considerarmos ele como sendo superior ao meio e á genética, todos seremos responsáveis pelos nossos atos, não importa em que meio nascemos ou as limitações que temos. Se dissermos que ele é menor que essas cosias o próprio conceito desmorona.

Fica aí a reflexão.

sábado, 3 de abril de 2010

A eterna batalha

Na batalha pela sobrevivência, não se pode descansar, não se pode baixar a guarda. Você nunca pára, nunca cede. Sobrevivência exige sacrifícios, um mal menor por um bem maior. De vez em quando você terá que se privar de coisas aparentemente boas porque sabe que a longo prazo elas serão danosas. As vezes você terá que botar os seus interesses antes dos outros para garantir sua sobrevivência, as vezes você vai ter que escolher entre você e o outro. Entre a destruição do seu coração ou do coração alheio.

As vezes é uma questão de vida ou morte. Poucos podem se dar ao luxo de ser altruístas, esses são os que se livraram do próprio ego. Não se livrando dele, você vai precisar sobreviver: materialmente, mentalmente e sentimentalmente.

Nos tres casos é a mesma luta interminável com as forças da natureza. Da nossa própria natureza, da natureza alheia e da natureza humana. Você luta contra o orgulho, o ego, os danos que outros causam a você através dessas fraquezas e vai vivendo a vida fazendo escolhas que vão inevitavelmente, ter consequências.

Como sempre, os excessos são pecados graves para a sobrevivência. A natureza não gosta de excessos, corta fora o inútil assim que lhe convém. Por isso, posturas e atitudes desequilibradas nunca perduram, nunca prosperam e nunca dão bons frutos. É justamente por isso que vivemos em dilema com nós mesmos. Nunca encontramos o ponto de equilíbrio.

Mas os que sabem garantir sua própria existência são os mais fortes. Os mais resistentes, os mais decididos, os mais firmes, os que tem menos inseguranças e medos, os que sabem fazer sacrifícios. Esses lideram, comandam e controlam empresas e relacionamentos. Tomam decisões que outros não tomariam, sabem ter responsabilidade, sabem liderar com pulso firme e fazer justiça sempre que necessário.

Esses são os fortes.

Mas há também os não sabem cuidar de si mesmos, não gostam ou não querem ter responsabilidade de liderar, não gostam do peso da decisão, recuam diante dos sacrifícios e sempre dão mais do que recebem numa relação ou numa negociação. São facilmente enganados e manipulados pelos outros, pois vivem á sombra alheia. Não tem firmeza e força, são subjugados facilmente. São inseguros e medrosos, vivem com medo de perder; dinheiro, paixões e proteção.

Esses são os fracos.

Na luta pela sobrevivência há os que conquistam sua própria independência sentimental e material. Mas há os que procuram essas pessoas para viverem á sombra delas. Para receberem comida na boquinha e terem as fraldas trocadas e os mimos atendidos, como um bebê.

Ha também aqueles que estão mais ou menos no meio do caminho. Tem potencial para serem fortes mas se deixam levar pelos fracos, são puxados para baixo e acabam sendo meros provedores, um apoio aos fracassados que agem como sangue sugas em sua vida, e o hospedeiro desses parasitas poderia ser mais forte, mas ainda é dependente sentimentalmente ou materialmente, por isso, não é forte o suficiente para espantar os fracos interesseiros.

Mas para nenhum deles a luta termina, ninguém tem descanso. Alguém tem que pagar as contas, manter a casa funcionando, resolver os problemas da empresa, minimizar os danos causados por discussões dentro e fora de casa. Se manter calmo, controlado e frio diante de situações extremas para manter tudo nos trilhos. Esse papel é do forte, aquele continua dia após dia, vencendo a luta da sobrevivência, se mantendo materialmente e sentimentalmente. Sem entrar em falência e perder os bens, sem ter um ataque de nervos e surtar, sem precisar de bengalas sentimentais para se sentir especial.

Esse é o verdadeiro vencedor, esse sim deve ser admirado por seu desapego e força. Apenas aqueles que estão acima dos próprios sentimentos são realmente fortes, pois não precisam de nenhum apoio, aceitam cooperação mútua de outros também fortes que sabem cooperar com respeito e igualdade, construindo empresas, famílias e uma sociedade avançada. Mas tem um orgulho próprio de não aceitar migalhas sentimentais ou materiais, pois não lhes é necessário.

E você, é um fraco ou um forte? Lidera ou é liderado? Você coopera com os outros ou é um parasita? Sabe fazer sacrifícios, ou se deixa levar pelo medo? Você está acima dos seus sentimentos? Ou eles estão acima de você? Eles te controlam e guiam suas decisões como marés inconstantes, ou você permanece alheio as oscilações focado nos seus objetivos?

Quem é você na batalha pela sobrevivência?

Lições de paixão

A vantagem de ser romancista
Não é escrever, presentear ou declamar.
É que somos pós-graduados
Em saber se apaixonar.

Não é tão simples quanto parece,
Esse mar de sensações.
Até porque se fosse fácil
Não haveriam separações.

A expectetiva, em primeiro lugar,
Não dee ser exagerada,
Mas, de acordo com os fatos
Regularmente alimentada.
Para que assim sobreviva
Ás tristesas do coração
Que vem para testar
A resistência da paixão.

E quando nada parece dar certo
Não se afogue em frustração
Pois "dar certo" não é só se envolver
Mas aprender uma lição.

Equilíbrio, em segundo lugar,
Deve estar sempre presente
Sem ele qualquer relação
Vê-se decadente
Equilíbrio de espaço
De tempo e liberdades
De carinho, de afeto
Tolerância e amizades.
Se não houver equilíbrio.
Um dos dois irá sofrer
Então consequentemente
Um dos dois irá romper.

E no fim, penses assim:
"Alegrei um coração,
Plantei uma boa semente
E aprendi uma lição."
Pois ensinas e aprendes
Na bela valsa da paixão
Aqueles que saem perdendo
Em dores e decepção
São os que se apegaram
Em coisas que vem e vão
Quando o objeto do afeto
Vai além da sensação
Não há ressentimento
Em terminar uma relação
Pois aprendemos a cada vez
Que caímos nessa doce ilusão

Espero que de agora em diante
Depois que tudo acabar
Tu suspires e diga sorrindo:
"Como é bom se apaixonar"
.
.
Clicando na imagem, é possível vê-la ampliada, aí vai dar para ver que o celular está em cima de um dicionário e que o significado da palavra "love" esta aparecendo. Esse poema foi feito também na época do ensino médio.