Ao tentar provar o mundo
Através dos meus sentidos
Percebo algo diferente
Percebo que estou ferido
Como se não bastasse, olho pro meu coração
Mas vejo tudo embaçado, tão precária é a minha visão
Tento ouvir o barulho das ondas, mas não ouço elas quebrando
É a minha audição que, aos poucos, esta me abandonando
Por último, sinto o sangue escorrer e gotejar
Mas não notei pois o meu tato não parece mais funcionar
Meus sentidos me abandonam, um a um desfalecendo
Eu parei de sentir o mundo, eu acho que estou morrendo
Tudo aquilo de mais belo, que a vida pode mostrar
Estou cego demais para poder observar
Todas as belas palavras que paixões irão proferir
Estou surdo demais para poder ouvir
Todas as sensações que um amor me fará sentir
Estou insensível demais para usufruir
O mundo parece morrer, o belo se distancia
A vida perde seu brilho, e eu me afogo em agonia
De não poder sentir, ver ou observar
Mas acima de tudo isso, de não poder gritar
Gritar por socorro, para alguém vir me ajudar
Pois a honra do guerreiro não lhe permite fraquejar
A obrigação do homem, é se manter de pé
Na sua força e postura é que reside sua fé
Uma mágica permeava o caminho que eu trilho
Mas pela primeira vez, não consigo ver seu brilho
Minha sensibilidade ao mundo do trovador
Esta sendo sufocada por uma vida de dor
Dou adeus a toda beleza que um dia me encantou.
Pois desconfio que hoje o seu brilho se apagou.
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