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quinta-feira, 31 de março de 2011

Dilemas da paixão IX

Todos estamos emocionalmente sujeitos a oscilações, todos somos, em maior ou em menor grau, reféns dos nossos sentimentos. Mas aceitar essa verdade nem sempre é fácil como parece. Se conhecer é uma tarefa longa e complicada e auto-conhecimento sempre passa pelo processo de aceitação.

Mas o que fazer quando a própria fraqueza é objeto de ódio? O que fazer quando a emoção se multiplica em cima de si mesma pelo simples processo cíclico de ódio pelo ódio?

Você está bem, mas por um motivo qualquer se sente mal, você não gosta de se sentir mal, é inconveniente se sentir mal, é chato se sentir mal, não é confortável se sentir mal, logo o mal que você sentia cresceu por inércia alimentando-se do próprio ódio que você nutriu por ele. A própria aversão ao sentimento o alimenta, é como tentar apagar fogo jogando óleo. Você acaba de entrar em um ciclo vicioso. Você se condenou sem saber.

Mas então a solução seria ter sangue frio o suficiente para não sentir, bem, isso é virtualmente impossível (pelo menos quando você se importa com aquilo que lhe afetou). Ou então ser esclarecido e evoluído o suficiente para encarar o mal sentimento como quem olha uma pequena mosca voando perto do ouvido, apenas algo passageiro que incomoda mas vai embora. Mas se é difícil ignorar moscas, quem dirá sentimentos.

E assim começa mais um dilema da paixão, como encarar as más estações? Como lidar consigo mesmo sob pressão? Como escapar do dilema?

Um comentário:

  1. Focando nossos pensamentos em momentos agradáveis. Para difícil e é. Só não impossível.

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