Quando me chamaram de homem, acho que eu me vi menino
Quando me puxavam para cima, eu ainda achava estar caindo
Quando disseram pra eu ser feliz, me sentia deprimido
E quando me apontaram o norte, eu achei estar perdido
Longas noites e longos dias se passaram desde então
Uma tortura agoniante em toda a sua lentidão
Queria uma morte rápida para poder me libertar
Mas quis a vida que eu sofresse aos poucos no altar
Foi então que em meio a dor, triste e isolado
Percebi que eu me encontrava na sombra do meu passado
Dei um leve passo á frete, voltando á luz do dia
E vi que meu futuro me reservava uma alegria
O doce mundo dos sonhos que sempre me envolveu
Estava ali esperando, pedindo pra ser meu
O mar de rosas perfumadas das pétalas que arranquei
Encheram meus olhos de lágrimas assim que eu me lembrei
Que o fogo que me queimou foi também o que me aqueceu
Que se uma chama apagou, foi porque outra se ascendeu
Pois força, coragem e alegria, já estavam em uma cova
Mas a última que morre está lhes dando vida nova...
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