Mas uma mulher difícil, e uma mulher que banca a difícil são coisas diferentes.
Existem mulheres que acham que a melhor maneira de se destacarem, de ganharem vantagem sobre as concorrentes, de chamarem atenção, é de bancar a difícil, se mostrar desinteressada e desapegada. Pensam que simular um estado de apatia e indiferença é a melhor maneira de se responder a uma abordagem masculina. Que os homens serão atraídos magneticamente por um poker face combinada com tiradas desnecessárias assim como um gato tenta pegar o laser na parede.
Ser difícil não torna uma mulher interessante. Ser engraçada, inteligente, talentosa e bem humorada torna uma mulher interessante. Nenhuma mulher ganha mérito por sentar lá e não fazer nada, nenhum homem se derrete por apatia e nariz empinado, e se o faz, ainda não é um homem. As mulheres devem se destacar pelas suas qualidades, suas virtudes, e não pela sua capacidade de bloquear com quem está tentando interagir com ela.
O inconsciente feminino está cheio de premissas estranhamente distorcidas sobre homens e algumas pensam que essa é a melhor maneira de se filtrar os pretendentes. Que, uma uma vez que elas bancarem a difícil, apenas os homens mais corajosos, extrovertidos e seguros irão lhes alcançar. Acham que se construírem paredes altas o suficiente em volta de si, apenas os mais fortes conseguirão escalá-la para chegar até ela.
Isto está errado porque bancar a difícil parece ser uma boa ideia partindo da premissa que os homens vão inferir que se você age como a última coca-cola do deserto, você deve ser a última coca-cola do deserto, logo vão te desejar. E se você não for, os homens corajosos, extrovertidos e seguros que ultrapassaram sua enorme camada de resistência vão encontrar uma pessoa comum, que não tinha motivos para ser tão seletiva e podem acabar se decepcionando com a propaganda enganosa.
A mulher que se dá o valor X, mas acha que tem se fazer de difícil para que os homens achem que ela é 2x está se supervalorizando da pior maneira possível, está declarando que não se acha tão boa assim, mas que quer homens corajosos, extrovertidos e seguros. Ora, que direito tem ela de exigir dos outros mais do que ela se acha capaz de dar?
Sou a favor do amor próprio e da nossa independência de decidir o que é melhor para nós. Mas colocar num produto uma etiqueta com um preço duas vezes mais caro que o normal só vai atrair os consumidores que acreditam que preço é sempre diretamente proporcional á qualidade do produto. Os consumidores inteligentes vão se perguntar: "por que eu pagaria tão caro por uma dessas?"
Noooooooooooossa mandou muuuito!
ResponderExcluircada vez que alguém lê esse texto, uma piriguete morre em algum canto do mundo hahahaha
muito bom, parabéns