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terça-feira, 16 de março de 2010

Jornada


Sinto o vento no meu rosto, é a chuva que se aproxima
Vejo um véu acinzentado, quando olho para cima
Não quero parar de andar, não quero olhar para trás
Olho para o horizonte, e a esperança que ele me traz

Não sou mais prisioneiro, não sou mais um sofredor
Agora sou uma incógnita, um viajante sonhador

Sei que eu não sou inocente, sei quem eu machuquei
Mas remorso é um privilégio, que até hoje não me dei
Para quem viaja a pé, a prioridade é a economia
Qualquer preocupação é desperdício de energia.
A longa corrente do apego é grossa e pesada
E vai diminuir o ritmo da minha caminhada.

Sinto a chuva no meu rosto, e a noite se aproxima
Minha viajem começou, mas não sei quando termina
O medo ainda me assusta, mas o mistério me seduz
Caminho para o norte, caminho para a luz.

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