Isso se chama resistência.
Porém, ser resistente não significa que você se recuperará facilmente caso sua força de vontade seja quebrada. Não garante que você aprenderá com seus erros e não voltará a repeti-los. Quanto mais duro é o material, mais difícil será de repará-lo. Poucas são as forças que derrubam o resistente, mas depois que ele é derrubado, recuperar-se não é fácil.
E é por isso que na vida deve-se cultivar a resiliência.
Ela não define o tanto de pressão que você aguenta, mas sim a sua capacidade de voltar ao seu estado normal depois de ser atingido. Sua capacidade de recuperação após os momentos de crise, o quão facilmente você junta os cacos e os cola de novo depois que algo o quebra.
Pense bem, ninguém é invencível, ninguém é imortal, todos estamos suscetíveis a sofrimento, logo por mais resistentes que sejamos, nunca estaremos acima de todas as adversidades da vida. Logo, não é a resistência que vai diminuir nosso sofrimento, e sim a resiliência. Tanto os fortes quanto os fracos irão sofrer um dia, mas por quanto tempo irão sofrer? Isso é a resiliência quem vai dizer.
O bambu é tão resistente quanto a maioria das árvores que crescem na china com ele, a única diferença é que ele tem a capacidade de facilmente voltar a se erguer depois de dobrar.
Os momentos de dificuldade nos testam, mas as lições trazidas com eles vem na hora que estamos limpando a bagunça, que estamos calculando as perdas da batalha travada, no momento em que estamos nos recuperando. Enquanto estamos sob fogo inimigo, sob a pressão do medo, da dúvida e da dor, pouco podemos ver á nossa frente, poucos são os julgamentos confiáveis que fazemos na turbulência da adversidade.
Resistência é importante, mas resiliência é imprescindível, afinal, como já dizia o sábio:
"A dor é inevitável, o sofrimento é opcional"
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