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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Concessão


Ha alguns dias atrás, ouvi uma menina falando uma frase muito boa: "Agente não entra num relacionamento para fazer o que quer."

Refleti um pouco sobre isso e cá estão minhas conclusões.

Pagamos um preço pelo amor, carinho, atenção e todo o alimento sentimental adicional que recebemos quando estamos comprometidos com alguém. Essas coisas não vem de graça, geralmente precisamos fazer alguams concessões para continuar recebendo, pelo simples fato das pessoas serem diferentes umas das outras.

Mas há um problema nas concessões, elas são enganosas. Sua tolerância e paciência, assim como qualquer outra caractarística sua, pode não ser tão boa quanto você pensa. É na falsa sensação de tolerância que as bolas de neve do relacionamento crescem, para evitar o acúmulo é preciso ter ciência de duas coisas na hora de fazer uma concessão:

1. Aquilo pode ser uma coisa que você vai passar o resto da vida engolindo.

Muitos pensam que certas coisas são toleráveis apenas por que passaram por elas poucas vezes, mas em 90% dos casos, a tendência é a tolerância diminuir, não aumentar. Justamente porque 90% das pessoas não sabe treinar a própria paciência, que é uma virtude.

2. Você também tem defeitos injustificáveis e que podem ser igualmente insurportáveis.

É mais fácil reconhecer imperfeição alheia quando nós admitimos que nós somo imperfeitos também. Não é tão óbvio assim admitir essas coisas, as pessoas costumas pegar os próprios pontos fortes e compará-los com os pontos fracos da outra pessoa. Pegar os próprios acertos e comparar com os erros da outra pessoa. Isso é, além de injusto, inútil.

Prosseguindo, se você considera esses dois fatores antes de fazer uma concessão, muito provavelmente ela vai ser dez vezes mais fácil de engolir. É como ter água, luz e telefone em casa. você sempre vai ter que pagar por esses benefícios, mas se souber evitar disperdícios, vai economizar e consequentemente pagar bem menos por eles.

Porém, a ferramente mais importante para a felicidade num relacionamento é a concessão espontânea. Enquanto você cede apenas para evitar stress, brigas e discussões você ainda está na zona vermelha de potenciais bombas que podem explodir no seu colo. Mas se você cede pelo simples prazer de fazer a outra pessoa feliz, você foi iluminado com a luz do altruísmo. É fazer pelo outro como se estivesse fazendo para si mesmo. É ver a felicidade alheia e tomar como sua, numa mistura de orgulho (ela deve parte da felicidade á você), bem estar (você fica feliz ao vê-la feliz) e consciência limpa (pois você esta fazendo sua parte no relacionamento).

Essa bondade altruística de sentir a felicidade alheia como se fosse sua é como ter asas, você se liberta da batalha do ego e da necessidade de impor suas vontades e nutri sua satisfação com a satisfação alheia. Você não faz pensando em si, você faz pensando na pessoa amada. Esta é a última barreira do relacionamento, quem atingir este nível transcedental de humildade passional é meu ídolo. E o tipo de pessoa que você deveria escutar para te dar conselhos sobre relacionamentos, esse é o tipo de pessoa da qual você deveria ser fã. Esse é o tipo de pessoa com quem você deveria se relacionar.
Seu esforço nos estudos e no trabalho vai se refletir no seu salário, seu esforço numa academia ou esporte vai se refletir na sua saúde, se esforço ao praticar uma habilidade artística qualquer vai se refletir no seu talento, você não achava que nos relacionamento era diferente achava?
Assim como em todas as outras áreas, se você não se esforça, você não consegue colher frutos, fica estacionado na mediocridade e se pergunta porque esta em tal situação.
Quem não estuda recebe salários medíocres porque consegue empregos medíocres.
Quem não se apefeiçoa tem relacionamentos medíocres porque só consegue atrair pessoas medíocres.

Concessão é corda que mantém o relacionamento firme, é a ponte onde trafega a paixão entre os amantes, faça ela direito, faça bem feito e faça com boa vontade. É asssim que todas as coisas na vida devem ser feitas.

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