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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Não é suficiente


Andei um longo caminho e parei pra descansar
Mas sou homem e como tal, voltei a viajar
Pedalando morro acima, á beira da exaustão
As pernas doem muito. Mas se paro, caio no chão.

Pois a vida é assim, com pedras no caminho
Jornada tensa e sem fim, que se trilha sozinho
Mas não quero nenhuma pedra, quero lutar sem um arranhão
Ver tudo com clareza e pensar com perfeição
Quero transcender as barreiras da minha compreensão
Ser maior que os sentimentos que dominam meu coração

Andei um longo caminho e parei pra descansar
Mas mas caí da bicicleta quando parei de pedalar
Andei um longo caminho mas não posso parar
Pois se ainda estou andando, é porque não cheguei lá...

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Metáfora VIII


O bardo viaja a pé nas vastas planícies. Até onde a vista alcança há apenas grama verde e lisa. O céu está aberto e o sol brilha com força, seu chapéu o protege mas o calor o faz suar. Porém, ele tem suprimentos e esta pode ser considerada a viajem mais tranquila que ele já fez.

Mas não foi sempre assim. Tempos tortuosos já abalaram o passado do bardo. Havia uma época em que a tempestade era forte e ele passava frio sozinho nas colinas enquanto trovões cortavam os céus e castigavam seus ouvidos. E houve outra em que ele o tempo estava nublado, o vento era frio, mas não chovia, pelo menos não nele. Ele via achuva de longe, alguns kilômetros á frente. Esses eram os piores dias. Piores até do que aqueles em que ele era pego na tempestade.

Porque quando o bardo viajava, o presente detinha apenas um terço de suas preocupações. O outro terço se voltava ao passado e a terceira parte de seus pensamentos era dedicada ao futuro. Isso era muito bom durante tempestades, pois ele sabia que elas logo passariam, ele se focava em sua caminhada e na idéia de que nenhuma tempestade dura para sempre. A calma futura aplacava a agonia presente.

Mas era chato não ver o horizonte, era chato não saber para onde se estava indo. Quando o céu ficava nublado e ele via a chuva desabar sobre as planícies na linha do horizonte ele sentia um certo mal estar, como um mal presságio. Era tão bom ver todo o caminho que ele iria percorrer, quando sua visão ficava obscurecida era como se ele perdesse o rumo, perdesse sua principal referência para a viagem, como se ele perdesse o motivo para viajar. A agonia futura atrapalhava a calma presente.

Seu companheiros diziam que era besteira, que ninguém faz uma viajem pensando em como está o tempo na linha do horizonte, mas sim em como está o tempo agora. Mas o bardo não conseguia pensar assim. Assim como ele ignorava tempo e espaço para se sentir alegre com um horizonte bonito, que ainda estava distante dele e que talvez não fosse tão bonito quando ele chegasse, ele fazia o mesmo quando chovia, a chuva podia estar distante, borrando o céu de cinza apenas no limite da visão, mas ele sentia como se o frio estivésse ali, ele podia sentir as gotas frias atingindo seu rosto, algumas vezes ele até segurava seu chapéu por reflexo, para que este não voasse com o vento que provavelmente estaria soprando no olho daquela tempestade longínqua.

E ele ficava ali, parado. Enquanto chovesse no horizonte ele não andava. Ficava olhando segurando o seu chapéu com as duas mãos como um menino assustado, apenas depois que o céu estivesse limpo e o contorno das planícies fossem visíveis de novo, apenas quando fosse possível ver o azul do céu se encontrando com o verde da terra, ele seguia em frente. Engraçado, se a mesma tempestade desabasse sobre ele, ele continuaria corajosamente, não importa a força dos ventos. Mas se algo obscurecia seu futuro, ele se paralizava, ficava inquieto e apreensivo, olhando as núvens distantes tapar sua visão perfeita de futuro. Se sentindo perdido, mesmo sabendo que seu horizonte estava ali, apenas não era visível.

Ele ficava surpreso por saber que haviam pessoas que realmente preferiam o tempo nublado. Não gostavam do calor do sol. Gostavam do céu fechado e do horizonte tapado pelo véu cinza da incerteza. Para essas pessoas, era excitante não saber o que o futuro guardava para eles, era bom sentir aquele medo de ser pego por uma chuva á qualquer momento. Eles diziam que isso fazia você aproveitar melhor o presente, pois nunca sabia se estava prestes a olhar para uma tempestade. Nunca se sabia quando você estava prestes a entrar numa tempestade.

"Que mentes doentias"...pensava o bardo, precisam de desgraça eminente para dar valor ao belo. Precisam de incerteza e insegurança para sentirem que estão numa aventura, precisavam acorrentar as esperanças e sonhos de um horizonte limpo e simétrico para dar espaço á segurança da caminhada. Era claro que o bardo sabia que por mais que o horizonte estivesse bonito, ele podia mudar, sabia que uma tempestade podia vir, sabia que tudo podia acontecer, mas em que isso impedia uma pessoa de ser otimista e esperançosa? Quanto ás chuvas não podemos fazer nada, a não ser levar uma capa. Mas achar que a vida se vive como se amanhã fosse sempre chover? Caminhando sem olhar para frente e suspirar de alegria e inspiração? Para o bardo isso não era viver, era apenas existir.

Pois para ele vida e sonho eram duas faces da mesma moeda. O hoje e o amanhã eram duas partes de um mesmo mundo. A viajem de agora e o horizonte são extensões das mesmas planícies. Andar com uma capa era uma coisa, mas suprimir seus sonhos a ponto de preferir céu nublado á céu aberto? Loucura. Isso não fazia sentido para sua mente criativa.

Em meio a sua reflexão, olhou de novo para o horizonte. Linhas curvas lembravam um Yin-Yang verde e azul dividindo o céu e a terra. Enquanto o sol fazia a fina grama brilhar e o vento fazia ela balançar. O tempo nunca esteve tão bom, o horizonte nunca esteve tão limpo e tão belo. Ele nunca esteve tão otimista em sua viajem. Até porque ele contava com uma ajudinha a mais para lhe manter aquecido em tempos de tempestade ou em noites frias. Havia um fogo adicional a seu favor, o do pássaro que ele sempre tentou dominar, mas que voltara para iluminar seu caminho e aquecer seu corpo...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

O sistema

Me inspirei no filme tropa de elite II para escrever esse texto, e recomendo á todos. É uma ótima oportunidade para valorizar o cinema nacional.

Você muito provavelmente deve pensar que políticos são todos corruptos, que ser poderoso e ser honesto são coisas que não combinam, que se uma pessoa de bem entra para a política, ou ela desiste ou ela se torna uma corrupta.

Mas você já parou para pensar em porquê é assim?

Já parou para pensar em qual é o bichinho nas cadeiras dos poderosos que os picam assim que eles se sentam nelas? Já refletiu sobre o motivo da existência de um sistema de corrupção que permeia toda a sociedade? Já parou para pensar se você faria diferente se estivesse nolugar deles? Se você é ou não imune á esse vírus da corrupção que infesta a câmara, o senado e as prefeituras?

Pois é sobre isso que vou falar nesse post.

Imagine a seguinte situação: Você está no shopping, comprando ingressos para um filme. O amigo que vai assistir com você liga dizendo que vai se atrasar, então você compra o ingresso dele, entra e guarda o lugar dele no cinema certo?

Se você acha isso normal, você é um corrupto em potencial.

Quem vai assistir um filme tem que ter a responsabilidade de chegar na hora, em cinemas sem lugar marcado o lugar é de quem chegar primeiro, você não acha injustiça com as pessoas responsáveis que chegaram na hora ou até compraram o ingresso antecipadamente? Você acha justo que essas pessoas percam o lugar para seu amigo irresponsável que não chegou na hora?

"Mas ocorreu um imprevisto, o trânsito estava um caos..."

Isso não muda o fato de que ele chegou atrasado num cinema onde não há lugares marcados. Ponto final. Regra é regra, não é?

Beneficiar áqueles próximos á nós é uma sementinha que já está plantada na cabeça de todos, mas fazer isso passando por cima de regras e dos direitos do outros é ser corrupto, é ser desonesto. O problema é que só enxergamos isso nos outros. Qual a diferença da atitude acima para o nepotismo?

Eis outro exemplo: Você trabalha numa empresa que tem máquinas de xerox, e precisa imprimir um extenso trabalho de faculdade. Ora, existem centenas de caixas de papel na empresa certo? Algumas folhas a menos não vão fazer diferença, e é bom que sai de graça pra você, não é?

Se você acha isso normal você é um corrupto em potencial.

Qual a diferença disso para o desvio de verba pública? Esse outro defeito moral que temos de não enxergar o impacto das nossas ações no todo (que é a sociedade) é outro dos trampolins que levam a corrupção. Pegar vinte folhas de papel e gastar tinta da xerox da sua empresa para trabalhos pessoais é tão errado quanto desviar um milhão da verba pública de educação. Não é uma questão de impacto, não é uma questão de números, é uma questão de certo ou errado, você está se beneficiando ilegalmente de um recurso que não é seu, isso se chama roubo.

Último exemplo: Você está manobrando seu carro para sair de um estacionamento e bate num R8. Com certeza você teria que vender até seu rim para pagar o conserto. Mas o dono não está lá, ninguém viu, não há ninguém por perto muito menos câmeras de vigilância no estacionamento, nada pode provar que foi você.

Se você acha que sair dali o mais rápido possível é o melhor a se fazer, com certeza você é um corrupto em potencial.

Não encarar as consequências das prórpias ações é outro ato egoísta que a maioria das pessoas faz quando tem a oportunidade. Se você bateu, você tem que pagar e ponto final, se você tem pouco dinheiro, deveria ter tomado mais cuidado. Mesmo que tenha sido um acidente, a responsabilidade e sua. Qual a diferença disso para a renúncia de cargo para evitar a cassação?

Ficamos putos com políticos que enchem os cargos com parentes e amigos, que desviam verba e que são caras de pau para dizer que não fizeram nada disso. Mas será que nós somos muito diferentes? Afinal, somo nós que escolhemos eles não é?

O sistema de corrupção não está no senado, não está nas prefeituras nem na câmara, está na cabeça das pessoas. De TODAS elas. A pré-disposição para esse tipo de atitude está enraizada em todos nós. Temos que podá-la enquanto é pequena. A maioria dos políticos é corrupto, assim como a maioria do povo. A diferença é que eles tem mais oportunidade de cometer crimes e atos imorais. O poder é apenas uma lupa do que a pessoa realmente é. Fama, dinheiro, influência...essas coisas só trazem á tona quem você é de verdade e te dão oportunidade de fazer aquilo que sua natureza te manda fazer, tenho certeza de que a maioria das pessoas, se estivesse no poder faria o mesmo que eles estão fazendo agora...

...pensariam em si mesmas antes de pensar nos outros.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Falácias lógicas


O raciocínio lógico e o pansamento científico são irmãos que andam de mãos dadas. O pensamento cético e analítico é a alavanca que impulsionou a evolução humana, tudo que você vê hoje é resultado de pessoas que pensaram: "por quê as coisas são assim" As invenções das quais você desfruta hoje foram criadas a partir de questionamento e verificação. Acho que se há um algo que nos aproxima da verdade, é a lógica. A diferença entre o homem e os animais não são os sentimentos, nem sua pré-disposição para aprender por associação, mas sim seu raciocínio. Acho que é pertinente que saibamos usar esta finíssima ferramenta a nosso favor, pois vários problemas do dia-a-dia são causados por falta de análise crítica e lógica dos fatos.

Mas antes de usar a lógica a nosso favor vamos primeiro aprender quais erros nós não podemos cometer, quais são os erros de reciocínio mais comuns do dia-a-dia, as falácias mais disseminadas entre nossas mentes.

1. Generalização apressada.

"Toda generalização é equivocada" - Isso é uma generalização, logo, está equivocada. Mas podemos afirmar que muitas das generalizações que fazemos no dia-a-dia são um equívoco dada a nossa falta de informações e dados confiáveis sobre os fatos. Exemplos:

"Minha amiga namorou um cara. Ele não prestava. Logo, nenhum homem presta."

Mesmo que todo o seu círculo social tenha tido experiências frustrantes com homens, você ainda não pode afirmar nada sobre TODOS os homens baseado nisso, a generalização apressada pega um fato isolado, ou um número insuficiente de fatos e tira uma conclusão que se aplica ao todo. Se você é antropólogo, sociólogo ou historiador, talvez possa até afirmar possíveis padrões de comportamento caso tenha provas para tal. O mundo é cheio de gente diferente, cuidado com generalizações.

2. Falso dilema ou terceiro excluído

Essa falácia é usada por pessoas para encurralar outros numa discussão. Ele limita as escolhas do interlocutor e o força a concordar com o ponto de vista do falante, acabar se contradizendo ou assumindo uma postura não desejável. Exemplo:

"Jesus dizia que era filho de Deus. Ou ele era mesmo, ou era um mentiroso."

O fato é colocado como se fosse um dilema, mas não é. Assim como qualquer outro homem na história da humanidade Jesus poderia estar honestamente enganado. Ele nunca escreveu nada, portanto, qualquer referência sobre a divindade dele pode ter sido atribuída por terceiros. Isso sem falar no fato de que erros de tradução são comuns quando se trata de documentos antigos, ele poderia estar querendo dizer outra coisa naquela época.

Emfim, são inúmeras as possibilidades, falsos dilemas são truques, cuidado com eles. Ás vezes eles podem aparecer também com três, quatro ou até mais possibilidades, mas fique atento a possibilidades excluídas que são escondidas ou ignoradas pelo interlocutor.

3. Ad hominem (ataque pessoal)

Essa é clássica. Em uma discussão, você deve provar seu ponto de vista fortalecendo seus argumentos com provas e enfraquecendo os argumentos do oponente com provas. Mas na prática, quando as pessoas começam a fazer política (no sentido amplo da palavra) elas recorrem á ataques pessoais e começam a jogar argumentos contra a pessoa, não contra as idéias dela. Exemplo:

"Desconsiderem as críticas dele sobre nossa política, ele não tem nem diploma de nível superior"

A falta de um diploma não significa que a pessoa não tenha experiência e conhecimento, assim como possuir um diploma não garante o contrário. Apontar para experiências pessoais, crenças, falhas, ou traços pessoais e usá-los como argumentos não faz com que você fique mais certo. Apenas mostra que seus argumentos são fracos e não conseguem se sustentar por provas, ou que você é pouco inteligente e não consegue defender seu ponto de vista sem atacar os outros.

4. Apelos

Quando a lógica falha, é hora de apelar. São medidas desesperadas de se tentar validar um ponto de vista. Existem vários tipos de apelo, exemplo:

4A. Apelo á autoridade.

Também chamado de "argumento do mestre", este consiste em evocar uma figura importante, poderosa ou muito inteligente, que tenha algum tipo de destaque, para fortalecer o argumento através de suas citações. Exemplo:

"Como você não concorda com socialismo? Marx era muito mais inteligente que você e achava uma boa solução."

O fato de que Karl Marx era mais inteligente que eu é apenas "provável" e não óbvio. Em segundo lugar o fato dele ser inteligente e pensar assim não faz com que o socialismo seja melhor, as pessoas que o criticam COM BASE EM PESQUISAS E EVIDÊNCIAS, podem provar que esse sistema social não é muito efetivo em resolver os problemas que foi feito pra resolver. Ele era muito inteligente, mas não era dono da verdade, ninguém é.

4B. Apelo á ignorância

Consiste em usar falta de provas, ou a inabilidade do interlocutor em apresentá-las, para fortalecer o próprio argumento. Como se fosse uma vitória por eliminação.

"Você não pode provar que Deus não existe. Logo, ele existe."

Também não posso provar a existência de fadas, gnomos, duendes, fantasmas, unicórnios rosas e qualquer coisa que possa ser imaginada por um ser humano, mas isso não quer dizer que essas coisas existam. As lacunas deixadas pelo conhecimento científico são o berço de todo o tipo de crença, religião, superstição e pseudociências. E sempre foi assim, a mera falta de provas não prova nada, se provasse, não existiria religião.

4C. Apelo á multidão

Também conhecido como "maria-vai-com-as-outras", esse consiste em se usar de números para validar um argumento. Ele pressupõe que se há uma quantidade considerável de pessoas que acreditam em algo, tal coisa deve ser verdadeira. Exemplo:

"26 milhões de brasileiros não podem estar errados, seja evangélico também."

A credibilidade de uma informação está nas evidências que a sustemtam, não no número de pessoas que acredita nela. 26 milhões de brasileiros PODEM SIM estar errados. Houve uma época em que todas as antigas civilizações humanas acreditavam que o sol era algum tipo de divindade, adivinha só, TODAS estavam erradas.

4D. Apelo á tradição

Só por que algo é feito durante muito tempo não quer dizer que seja certo. Assim como algo em que as pessoas acreditam por muito tempo não é necessáriamente verdadeiro. Parece muito com o apelo á multidão, mas se foca no tempo ao invés dos números. Exemplo:

"Essas práticas são realizadas á séculos na nossa igreja, como pode questioná-las?"

Sim, sacrifício humano e canibalismo também foram praticas que perduraram por séculos nos tempos antigos, mas isso não quer dizer que estejam certas. Toda pessoa sensata concorda que as touradas são uma crueldade sem tamanho, mas na Espanha é tradição. A tradição não valida algo como verdadeiro ou bom, o fato de que pessoas faze mcoisas ha muito tempo não quer dizer que esta coisa esteja certa.

4E. Apelo ao medo

Muito usado por pais para educar os filhos, o nome deste já diz tudo. O falante recorre á chantagens para deixar seu interlocutor inseguro ou com medo de discordar. Exemplo:

"É melhor votar pela condenação do réu. Se ele sair livre você pode ser a próxima vítima."

Isso não faz o réu ser menos ou mais culpado. Ele tem que ser julgado com base nas provas apresentadas a favor e contra ele, nada mais, nada menos. Usar sentimentos para ganhar discussão é coisa de relacionamento de gente imatura.

5. Raciocínio circular

Esse é muito encontrado no dia-a-dia. Ele consiste em reafirmar uma coisa com palavras diferentes e usar isso como argumento para validar a informação, por exemplo:

"Estou nervosa com você porque você esgota minha paciência e me irrita."

Estar nervoso, ter a paciencia esgotada e se irritar são essencialmente a mesma coisa, um não é a justificativa do outro pelo simples fato de que são a mesma afirmação com palavras diferentes. Não se pode usar um como causa do outro, pois isso não diz nada, não fornace nenhuma informação. Se alguém lhe dissesse isso você teria que parar para refletir no que fez, pois a informação não aparece na sentença. (As vezes tenho a impressão de que mulheres fazem muito isso)

6. Redução ao absurdo (8 ou 80)

A idéia aqui é levar um raciocínio ao extremo sem nenhuma sequência lógica. É dar um salto para transformar uma afirmação em algo negativo e desagradável e tentar forçar o interlocutor a mudar de opinião. Exemplo:

"Você deixa seu filho de seis anos roubar um beijo na bochecha de uma menina, logo ele vai querer agarrá-la e quando crescer vai se tornar um maníaco sexual."

Ridículo, mas é muito normal ver isso no dia-a-dia. A pessoa simplesmente assume qu um evento será a causa de outro e começa um cadeia de causa e consequencias superlativas. Um exemplo mais comum é: "se eu abrir uma excessão pra você, tenho que abrir pra todo mundo." ou "Se o governo priavtiza uma empresa hoje, logo o país inteiro estará privatizado"
É uma lógica que simplesmente pressupõe consequências extremas para coisas que não necessáriamente levam á ela.

Bem, existem mais, só que essas são as mais comuns. Sua mente é uma ferramente poderosa, use-a com sabedoria. A verdade pode até nunca cair em nossas mãos, mas existe um meio de buscá-la. Como já dizia o filósofo: posso não saber o que pensar, mas sei COMO pensar.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Os tipos de pretendentes (mulheres)

Os homens já foram categorizados. Agora é a vez das mulheres. Nem todas as mulheres são confiáveis para um relacionamento de longo prazo, vamos classíficá-las a partir do....

0% confiável - Caso perdido

Puta, drogada e sem nenhum conteúdo, esta favelada ou não teve nenhuma oportunidade na vida, ou disperdiçou as poucas que tinha. Provalvementa portadora de alguma DST e viciada em drogas, essa mulher ou trafica ou se prostitui, ou pior, os dois. Um peso morto para a sociedade e um disperdício de tempo para qualquer um que se relacione com ela. Ignorante, mal-produzida, sem estilo ou classe. Um lixo.

25% confiável - Desajustada

Essa mulher com certeza foi criada com uma figura paterna defeituosa, como um bêbado ou alguém que tem vícios de jogo, etc...
Não tem nível superior porque está procurando um homem razoavelmente estável para enlaçar. Não tem ambições nem objetivos, não se esforça para se conhecer melhor e tem diversas oscilações de humor violentas que quer que o mundo entenda, insegura e carente, essa mulher não tem nenhum talento especial ou conhecimento interessante, provavelmente ainda está a procura do príncipe encantado ou do prêmio de consolação que é a metade da laranja.

50% confiável - Vadia

Classe média e aparência razoável é o tipo de mulher que fica bonita ao se arrumar. Não tem vícios muito destrutivos e sua vida familiar é normal. Este tipo de mulher já aprendeu a inflar seu ego e reafirmar sua auto-imagem sem precisar manchar sua reputação, deixa o máximo de homens de molho para que em momentos de frustração e carência, possa usá-los como "steps emocionais" e descarregar suas mágoas. Não se preocupa em iludir os outros e acredita que é isso que os homens merecem pois são todos iguais. Egoísta e desleixada com sentimentos alheios, essa mulher ainda não sabe o que quer da vida e ainda é muito sucetível ao que os outros pensam dela.

75% confiável - garota de família

Dedicada e esforçada, é a típica princesinha da casa. Ainda tem conceitos idealistas com homens e isso faz com que ela valorize e entenda seu parceiro bem melhor. Tem hobbies interessantes e provavelmente tem alguma habilidade artística. Tem uma nível razoavelmente bom de conhecimento sobre moral, ética, filosofia e talvez até política. É provavel que seja meio menininha em relação a algumas coisas, como colar adesivinhos em seus cadernos e livros, colecionar bichinhos de pelúcia, etc...
O problema com esse tipo de mulher é que por ser meio idealista, lhe falta tato em relação as suas necessidades emocionais, fazendo com que ela possa se tornar pegajosa, dependente e insegura, caso ela assimile essas experiências negativamente, ela vira uma vadia, caso assimile positivamente, ela pode estar no caminho para se tornar...

100% confiável - pra casar

Uma mulher de verdade, uma garota de família que soube ter postura, confiança e convicção. Esta mulher é inteligente, talentosa e ambiciosa. Sabe como ser elegante sem ser vulgar, sabe ser carinhosa sem ser grudenta, e sabe como se portar na rua e como se portar entre quatro paredes. Sabe respeitar as necessidades do parceiro e sabe agradá-lo, conhece a si mesma bem o suficiente para conseguir ignorar oscilações hormonais. Uma mulher de respeito, que não escuta a voz do próprio ego ou cede aos ataques feitos á sua auto-imagem, pois é segura, não precisa se auto-afirmar para ninguém. Este é o tipo de mulher mais confiável para um relacionamento.

Muitos homens transformam meninas de família em vadias sem saber. Muitos estragam meninas perfeitamente saudáveis emocionalmente com mentiras, frustrações e traições. Depois, reclamam das vadias que não ligam para seus sentimentos, mas se esquecem de que eles mesmo não eram muito atenciosos quando a vantagem do jogo estava em suas mãos. É uma pena que esse ciclo vicioso esteja longe do fim.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Indicadores e provas

Você está sentado com aquela pessoa que você gosta (do sexo oposto), conversando animadamente. De repente, esta pessoa inclina o corpo na sua direção, vira os ombros de modo a ficar de frente para você e começa a tocar mais no seu ombro, nas suas mãos e olhar mais nos seus olhos.

Isso PROVA que esta pessoa está interessada em você?

Teoricamente não, mas são fortíssimos INDICADORES.

O fato de que o sol nasce todos os dias não prova que ele nascerá amanhã, mas é um forte indicador, afinal este processo vem se repetindo por milhões de anos. Mas a ciência moderna admite não saber de tudo e sabe que pode existir uma força cosmica desconhecida capaz de fazer com que o sol não nasca amanhã. Mas isso é extremamente improvável.

O fato de encontrarmos fósseis, vestígios geológicos e vermos como o DNA funciona não PROVA a teoria da evolução, pois ha coisas que ela ainda não explica, mas são indicadores extremamente fortes que se reforçam mutuamente, e até agora não existe nenhuma outra teoria tão bem aceita na comunidade científica.

Na ciência de hoje, todos concordam que não há como ter 100% certeza de algo, afinal, a história da humanidade nos provou que o erro mais grave é dar um assunto como definitivo, dar uma lei como imutável, dar um fato como eterno. Nosso conhecimento não para de avançar então, consequentemente, nossas descobertas serão constantes. Isso quer dizer que novas teorias e novas provas vão surgir e não podemos dizer que sabemos de tudo, apenas presumir como funcionam as leis da física e agir de acordo com elas.

Ou seja, existem poucas coisas que podem ser chamadas de provas. A maioria delas são indicadores. Isso quer dizer que ninguém acredita em nada? Não, isso quer dizer que você tem saber que tudo pode mudar, você nunca sabe de tudo, tem que estar aberto a novas possibilidades. E acima de tudo, tem que saber que, qualquer que seja a sua teoria, ela pode ser derrubada por uma teoria melhor.

Mas o que é uma teoria melhor?

Uma teoria que faça sentido, e explique as lacunas da sua antecessora SEM DEIXAR NOVAS LACUNAS é uma teoria melhor. Se a teoria trouxer consigo mais perguntas do que respostas, ela não é muito boa. Lacunas são pontos que a teoria não consegue explicar LÓGICAMENTE, ou não pode provar através de fatos e indicadores mutuamente correspondentes.

Quanto mais indicadores uma teoria tiver para sustentá-la, mas ela estará próxima de ser provada. E por mais que sua teoria esteja provada, você deve se lembrar das outras leis da física em conflito com ela. Por exemplo a lei da gravidade não diz que um avião não pode voar, nem que um íma de ferro velho não possa suspender carros. Mas a força da gravidade não é a única força agindo no universo.

Sabendo de todas estas coisas qualquer um deveria estar perfeitamente pronto para aplicar pensamento científico para analisar o mundo a nossa volta. Com ceticismo e silogismo a verdade estaria sempre mais próxima. Mas há coisas que deturpam este processo de pensamento, existem fatores que obscurecem o processo lógico de pensamento e nos fazem inventar indicadores quando na verdade os fatos não indicam nada, e ignorar indicadores fortes que não condizem com nossas crenças ou inclinações pessoais.

Estes fatores nos afastam da verdade e nos fazem distorcer a realidade a nossa volta apenas para nos sentirmos mais confortáveis. Todos que lerem esse texto sabem qual é o maior desses fatores, o mais popular, mais forte e mais nocivo de todos eles. Reforçado através de tradição e imposto através de autoridade.