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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Bênção e maldição

Nascemos humanos e, como humanos, nascemos com muitas sementes dentro de nós. Nossa mente muito bem desenvolvida está pronta para interpretar o mundo á sua maneira, tirar conclusões e responder aos estímulos que a vida dá.

Mas uma dessas sementes me é um tanto duvidosa. Uma das pré-disposições do ser humano me assusta um pouco quando eu a observo de perto, ainda não sei se é uma bênção ou se é uma maldição.

Nossa consciência.

Com o tempo nossas experiências se acumulam, vamos ficando mais espertos, mais cautelosos e mais eficazes quando o assunto é satisfazer o noso ego. E não há respaldo maior para o ego do que a vida sentimental. Nossa dependência desde cedo determina que gastaremos muito esforço, tempo e dinheiro satisfazendo as necessidades do nosso ego.

E então as pessoas começam a viver dilemas. Pois por um lado vemos Disney e comédias românticas e sonhamos com o par perfeito e o relacionamento feliz e duradouro, mas percebemos com o tempo e maturidade que não é exatamente daquele jeito. Aí começa o problema, é aí que entra a maldição. Dilemas não existiriam se não existisse o ego, todos nós seríamos altruístas doadores prontos para amar incondicionalmente.

Mas nossa consciência nasce conosco, e para alguns ela vai ficando mais forte, a resposta mais fácil para os dilemas á princípio é evitar o apego sentimental (que é o que causaria sofrimento) e satisfazer o ego superficialmente com relações descompromissadas e rápidas. Mas essa apenas PARECE ser a solução.

Pois a tendência de evoluir nossa percepção do mundo continua e então notamos que se envolver com o máximo de pessoas possíveis não é o remédio, vemos que ter muitos relacionamentos de pequena importância não faz agente se sentir importante. Tentar reunir pedacinhos de carinho e consideração de várias pessoas diferentes e grudá-los não vai formar um sentimento saudável e satisfatório.

Nossa bênção nos fez evitar mortes, ajudar os pobres, chegar ao espaço e curar doenças.
Nossa maldição nos fez guerrear, desconsiderar os sentimentos alheios e focar no materialismo.

E hoje, assim como sempre causou na humanidade, ela causa duvidaas e incertezas nos relacionamentos:

Eu ou o outro?
Sacrifício ou disperdício?
Cautela ou coragem?
Compromisso ou liberdade?

Consciência, bênção ou maldição?

4 comentários:

  1. me identifiquei total com o texto asuhuhasuhas

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  2. Então, o que você
    acredita que seria a real solução? Ou pelo menos,algo que causasse menos prejuízo no final das contas?
    Se apegar de verdade às pessoas? Demonstrar o quanto você gosta delas, independente da dor que isso possa vir a causar?
    Se não puder se eu, como saber se pode ser o outro?

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  3. Acho que se apegar de verdade sempre vale mais a pena, sentimentos sinceros existem para serem expressos e as leis da vida funcionam tão bem que de um jeito ou de outro aprenderemos com nossas decisões. Pessoalmente, eu teria muito mais prejuízo escolhendo a mim mesmo do que escolhendo ao outro, pelo jeito que minha cabeça funciona.

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  4. É... como tudo, dois lados da mesma moeda.
    Mas concordo com o Choco; já qe a vida é tao efêmera, vale apena entrar no jogo do se apegar de verdade, onde as chances sao 50% pra felicidade ou sofrimento... do qe Nao jogar, nao sentir nada intenso e sincero de verdade e nao dar abertura para qe isso aconteça por... Medo?!
    Quem nao joga tem chance 0 de ganhar um dia.

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