Na batalha pela sobrevivência, não se pode descansar, não se pode baixar a guarda. Você nunca pára, nunca cede. Sobrevivência exige sacrifícios, um mal menor por um bem maior. De vez em quando você terá que se privar de coisas aparentemente boas porque sabe que a longo prazo elas serão danosas. As vezes você terá que botar os seus interesses antes dos outros para garantir sua sobrevivência, as vezes você vai ter que escolher entre você e o outro. Entre a destruição do seu coração ou do coração alheio.
As vezes é uma questão de vida ou morte. Poucos podem se dar ao luxo de ser altruístas, esses são os que se livraram do próprio ego. Não se livrando dele, você vai precisar sobreviver: materialmente, mentalmente e sentimentalmente.
Nos tres casos é a mesma luta interminável com as forças da natureza. Da nossa própria natureza, da natureza alheia e da natureza humana. Você luta contra o orgulho, o ego, os danos que outros causam a você através dessas fraquezas e vai vivendo a vida fazendo escolhas que vão inevitavelmente, ter consequências.
Como sempre, os excessos são pecados graves para a sobrevivência. A natureza não gosta de excessos, corta fora o inútil assim que lhe convém. Por isso, posturas e atitudes desequilibradas nunca perduram, nunca prosperam e nunca dão bons frutos. É justamente por isso que vivemos em dilema com nós mesmos. Nunca encontramos o ponto de equilíbrio.
Mas os que sabem garantir sua própria existência são os mais fortes. Os mais resistentes, os mais decididos, os mais firmes, os que tem menos inseguranças e medos, os que sabem fazer sacrifícios. Esses lideram, comandam e controlam empresas e relacionamentos. Tomam decisões que outros não tomariam, sabem ter responsabilidade, sabem liderar com pulso firme e fazer justiça sempre que necessário.
Esses são os fortes.
Mas há também os não sabem cuidar de si mesmos, não gostam ou não querem ter responsabilidade de liderar, não gostam do peso da decisão, recuam diante dos sacrifícios e sempre dão mais do que recebem numa relação ou numa negociação. São facilmente enganados e manipulados pelos outros, pois vivem á sombra alheia. Não tem firmeza e força, são subjugados facilmente. São inseguros e medrosos, vivem com medo de perder; dinheiro, paixões e proteção.
Esses são os fracos.
Na luta pela sobrevivência há os que conquistam sua própria independência sentimental e material. Mas há os que procuram essas pessoas para viverem á sombra delas. Para receberem comida na boquinha e terem as fraldas trocadas e os mimos atendidos, como um bebê.
Ha também aqueles que estão mais ou menos no meio do caminho. Tem potencial para serem fortes mas se deixam levar pelos fracos, são puxados para baixo e acabam sendo meros provedores, um apoio aos fracassados que agem como sangue sugas em sua vida, e o hospedeiro desses parasitas poderia ser mais forte, mas ainda é dependente sentimentalmente ou materialmente, por isso, não é forte o suficiente para espantar os fracos interesseiros.
Mas para nenhum deles a luta termina, ninguém tem descanso. Alguém tem que pagar as contas, manter a casa funcionando, resolver os problemas da empresa, minimizar os danos causados por discussões dentro e fora de casa. Se manter calmo, controlado e frio diante de situações extremas para manter tudo nos trilhos. Esse papel é do forte, aquele continua dia após dia, vencendo a luta da sobrevivência, se mantendo materialmente e sentimentalmente. Sem entrar em falência e perder os bens, sem ter um ataque de nervos e surtar, sem precisar de bengalas sentimentais para se sentir especial.
Esse é o verdadeiro vencedor, esse sim deve ser admirado por seu desapego e força. Apenas aqueles que estão acima dos próprios sentimentos são realmente fortes, pois não precisam de nenhum apoio, aceitam cooperação mútua de outros também fortes que sabem cooperar com respeito e igualdade, construindo empresas, famílias e uma sociedade avançada. Mas tem um orgulho próprio de não aceitar migalhas sentimentais ou materiais, pois não lhes é necessário.
E você, é um fraco ou um forte? Lidera ou é liderado? Você coopera com os outros ou é um parasita? Sabe fazer sacrifícios, ou se deixa levar pelo medo? Você está acima dos seus sentimentos? Ou eles estão acima de você? Eles te controlam e guiam suas decisões como marés inconstantes, ou você permanece alheio as oscilações focado nos seus objetivos?
Quem é você na batalha pela sobrevivência?
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