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quarta-feira, 14 de abril de 2010

Nada leva você


O vento leva poeira
O tempo leva paixão
O mar leva as ondas
Nas ondas, uma lição

Apreensivo, observo
Coisas que o tempo leva embora
E me gabo de ter você
Meu tesouro, minha aurora.

Aurora que ilumina
Em tempos de escuridão
Que me encanta, que me fascina
Que alimenta minha paixão.

Uma bela flor perfumada
Cheia de ternura
Que apenas com o olhar
Leva-me a loucura.

Infinitas qualidades
Que me despertam na alma
A atração que me agita
E o amor que me acalma

Se a beleza esta
Nos olhos de quem vê
Eu devo confessar:
Só tenho olhos para você.

Um anjo, uma fada,
Não consigo te descrever
Nem as metáforas mostram
Tudo que eu vejo em você.
Meu eterno tesouro
Minha preciosidade
Que mesmo á distância
Me provoca com saudades.
O interesse virou atração
A atração virou paixão
A paixão virou amor
Que agora guia meu coração.

Tudo que vejo, tudo que toco
Parece se desfazer
Mas há uma Deusa na minha vida
Que não quer desaparecer
Pois desde seu jeito de ser
Até a sua beleza
Parecem instigar-me
Nas minhas maiores fraquezas
E através de eras e eras
Teu amor se conservará
Não importando a hora
Não importando o lugar
O vento leva poeira,
O tempo leva paixão
Mas nada é levado daquele
Que cultiva em si a afeição
O vento leva poeira,
O tempo leva paixão
Mas nada leva você
De dentro do meu coração.

O ápice dos poemas românticos já escritos por mim. O poema do qual eu mais me orgulho, e que até hoje representa muito do lado romancista que resiste á onda de ceticismo sentimental que me invadiu nos últimos meses. Além de ser o poema romântico mais longo que já escrevi, é também o primeiro que decorei para declamar para a pessoa para quem ele foi escrito na época.

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