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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Verdade Inconveniente


Nunca fiz questão de ouro, jóias ou qualquer riqueza
Pra mim nunca fez diferença o sangue da realeza
Nunca pedi por trajes que refletissem meu jeito de ser
Pois o mais importante, não é com os olhos que eu ia ver
Nunca neguei ajuda, paciência ou compreensão
Pois forjei minhas virtudes no fogo da minha paixão
Nunca pedi sacrifícios que fossem maiores que os meus
Eu sempre ascendia uma luz quando tudo que havia era breu
Nunca neguei meus pecados ou deixei de os corrigir
Se algo virasse um incômodo, bastaria me advertir
Nunca pedi auxílio, concessões e até mesmo carinho
A não ser que eu tivesse certeza, de que não aguentava sozinho
Nunca deixei de te ouvir na sua hora de falar
Mesmo quando eu esperava palavras e vinha silêncio no lugar
Eu fiz tudo o que eu pude, eu dei tudo o que tinha
Pedindo o mínimo e fazendo o máximo, eu pensava estar na linha
Jurava que tinha dominado a receita da felicidade
Eu já conseguia sentir meus sonhos virarem realidade
Eu transbordava de alegria ao ver tudo em que acreditava
Refletido em outra pessoa que supostamente me amava

E hoje, cá estou. Sem saber o que fiz de errado
Tentando entender como estarguei meu sonho dourado
Pois se afundei meu próprio barco, sempre irei me culpar
Por tal oportunidade, por meus dedos escapar

Se esse não for o caso, e eu for julgado inocente
Terei que angolir uma verdade muito inconveniente:
Que depois da dedicação que nunca teria fim
Eu nunca fui para ela, o que ela foi para mim

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