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quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Doces sonhos


Quando me chamaram de homem, acho que eu me vi menino
Quando me puxavam para cima, eu ainda achava estar caindo
Quando disseram pra eu ser feliz, me sentia deprimido
E quando me apontaram o norte, eu achei estar perdido

Longas noites e longos dias se passaram desde então
Uma tortura agoniante em toda a sua lentidão
Queria uma morte rápida para poder me libertar
Mas quis a vida que eu sofresse aos poucos no altar

Foi então que em meio a dor, triste e isolado
Percebi que eu me encontrava na sombra do meu passado
Dei um leve passo á frete, voltando á luz do dia
E vi que meu futuro me reservava uma alegria

O doce mundo dos sonhos que sempre me envolveu
Estava ali esperando, pedindo pra ser meu
O mar de rosas perfumadas das pétalas que arranquei
Encheram meus olhos de lágrimas assim que eu me lembrei

Que o fogo que me queimou foi também o que me aqueceu
Que se uma chama apagou, foi porque outra se ascendeu
Pois força, coragem e alegria, já estavam em uma cova
Mas a última que morre está lhes dando vida nova...

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