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quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Dueto de almas




Consentir por sentir afinidade
Omitir sem mentir por caridade
Interferir por inferir necessidade
Amar é um mar de importantes frivolidades

É ser útil e ser fútil
É ser bardo e ser bobo
É clamar por calor
E queimar-se com o fogo

É sorrir com sofrer
É sentir sem saber
É calar pra pedir
E falar pra ceder

Ávido e lânguido enigma de sofrida resolução
Onde por vezes ignorância traz mais paz que revelação
Delicado e audaz epigrama, que resume a dicotomia
De abnegar com tristeza para semear alegria

É devaneio em meio á pura concentração
É sonata silenciosa de sutil composição
É fardo sem peso próprio, voluntária e livre prisão
Amor é torpor e vida, amor é contradição.

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