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sexta-feira, 12 de março de 2010

Campos de trigo


Caminho nos campos de trigo,
Onde posso ter você.
Onde o céu não tem estrelas,
Onde o sol não vai nascer.
Onde a chuva nunca cai,
Onde a paz é eterna.
E onde a realidade,
Em seu próprio seio hiberna.

De kimono nos campos de trigo,
Eu me faço rei
E observo tudo aquilo
Da rosa que deixei.
Todas aquelas pétalas
Que uma por uma arranquei.
Na esperança de saber
Se um dia te terei.

De katana nos campos de trigo
Eu deixo o tempo assimilar
As conquistas já honradas
E me ponho a procurar
Procurar um desafio
Uma nova glória a desfrutar
Mais um encontro épico
Um coração a conquistar.

De sandálias nos campos de trigo
Eu me ponho a peregrinar
Para ver se encontro a resposta
Que o destino não quer me dar
Para fazer acontecer
O que a vida não me oferece
O que parece me escapar
Nessa busca que só cresce

De peito aberto nos campos de trigo
Deixo amostra meu coração
Para que meus atacantes vejam
Que não sofri em vão
Para mostrar que não tenho medo
De nenhuma lâmina afiada
De nenhuma arte desconhecida
De nenhuma atacante invocada.

De olhos etéreos nos campos de trigo
Sigo em busca da minha essência
Refletida em uma outra alma
Movido por fé e carência.
E enquanto eu tiver esperança
Seguirei meu caminho
Pois sei que meu destino
Não é morrer sozinho
Qual conquista trará glória?
Só conquistando saberei
Pois se por amor eu vivo
Só por amor morrerei.

O melhor poema da temática "campos de trigo", metáfora inspirada no livro O pequeno príncipe. Vários dos poemas e textos que escrevi utilizam essa metáfora, mas esse é o mais completo.

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