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segunda-feira, 15 de março de 2010

Yin, Yang e o feminismo

O taoísmo e o budismo sempre me fascinaram por pregar sobre o caminho do meio. A dedicação do corpo e da mente ao equilíbrio e harmonia. Muitos dos conceitos filosóficos contidos no budismo são hoje usados por psiocólogos e muitas outras pessoas cientificamente inteligentes como modo de vida.

Ao analisar o conceito de yin e yang, vemos que ele rege todo o nosso mundo. Yin está associado á conservação (de energia), contração, gestação, frio, água, noite e ao feminino. Yang está associado á gasto, expansão, nascimento, calor, fogo, dia e ao masculino. É claro que muitas dessas associações foram feitas pelos ocidentais, mas não deixam de ser filosoficamente válidas. A única associação errônea é de que yin e yang representam bem e mal.

O Yin-Yang representa dualidade, equilíbrio entre as forças, equilíbrio entre os opostos. E comecei a relacionar essa filosofia de harmonia num relacionamento. E acabei chegando á algumas conclusões.

Percebi que essa filosofia é válida para a postura do homem e da mulher num relacionamento onde excesso de Yang seria excesso de masculinidade, e excesso de Yin seria excesso de feminilidade.

Certos valores, dentro de um relacionamento, pertencem ao universo feminino (de maneira geral), como sensibilidade(sentimental), introversão, timidez, insegurança, apego e dependência. Uma mulher que reúne esass características não é censurada ou mal-vista de modo aberto, ela é considereda feminina, vista como uma menina que precisa de proteção ou ingênua que sofre por amar demais, mas se um homem reúne esses valores ele é considerado fraco, otário, homossexual, pau-mandado, pouco masculino ou trouxa.

Já valores Yang, ou seja, independência, autonomia, extroversão, segurança, desapego e insensibilidade (sentimental) são mais facilmente associados á homens. Mulheres que cultivam esses valores não tem muitos problemas na sociedade por causa de discriminação: o feminismo fez bem o seu trabalho. Mulheres assim são muito normalmente consideradas fortes, independentes, modernas e auto-suficientes. Homens que cultivam esses valores são apenas homens, isso quando não são taxados de ignorantes, machistas, ogros e retrógados.

Lembrete: quando eu digo "reúne" as características, quero dizer que as características citadas são as que predominam na personalidade da pessoa, e não suas únicas características existentes. Elas se expressam de diversas formas em diversos níveis.

Ou seja, considerando que nós temos o homem e a mulher, temos também os valores femininos e os valores masculinos. A essência corresponde ao ser. Yin é Yin, Yang é Yang. Não fazia sentido (antes do movimento feminista) um homem ter que ser homem, e ainda ter que ser delicado e sensível, assim como também não fazia sentido (antes do movimento feminista) uma mulher ser dona de empresa e auto-suficiente.

Continuando, o que parece ser o mais recomendável é o equilíbrio entre os dois, entre Yin e Yang, entre o masculino e feminino. Apesar de ser praticamente um machista assumido, leitor de Schoppenhauer e Nessahan Alita, concordo que opressão cega e gratuita contra nenhuma ser humano (seja mulher ou homem) não deve ser tolerável. O problema que que o feminismo não igualou as coisas, ele passou muito do ponto de equilíbrio e inverteu o lado da moeda. O feminismo se mostrou, a longo prazo, um tiro no pé das mulheres, que hoje enfrentam os maiores índices de depressão da história. (leia mais sobre esse efeito aqui). Com muitas mentiras e falácias, o feminismo começou a caminhar para um extremo prejudicial.

Logo, temos hoje desequilíbrio: Yin demais e pouco Yang na cabeça das pessoas, e onde não há harmonia, há caos. Onde ha caos, não há progresso. A inteligência sentimental das pessoas está sendo edificada sobre uma base pouco confiável, e isso está gerando estress, divórcio, falta de compreensão e mitos sociais acerca dos sexos.

Um homem deve ser homem, e uma mulher deve ser mulher, mas isso não quer dizer definir quem trabalha e quem fica na cozinha, quem vota e quem não vota, quem tem a última palavra e quem é o submisso calado. Isso é uma questão que exige aprofundamento de estudos feitos por sociológicos, psicológicos e filósofos do nosso tempo. É algo que está sendo calorosamente debaitdo por muitas pessoas extremamente inteligentes e necessita de atenção. Tanto mulheres quanto homens estão sofrendo um duro e difícil processo de perda de identidade.

Quanto ao equilíbrio e a busca pela identidade masculina e feminina, que parece estar se dissolvendo no mundo moderno, não restam dúvidas de que relação entre homens e mulheres tem um longo caminho a percorrer rumo ao equilíbrio entre si como Yin e Yang, opostos se completando.
É claro que não acredito que o feminismo seja a única fonte desse desequilíbrio, afinal ele foi impulsionado (entre outros fatores, como o socialismo) pelo machismo extremista trazido pela igreja na idade média. Mas reconheço que é um ponto importante a ser destacado, pois pouca gente parece estar ciente disso. Quanto aos outros fatores que influenciam esse desequilíbrio, estes ficam para um próximo post.

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