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quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Mimadas


Para cada mulher que queimou um sutiã em protesto, mil homens saíram ás ruas reinvindicando melhores condições de trabalho em minas, gráficas e fazendas. Para cada mulher que apanha em casa, centenas de homens são espancados e violentados em prisões e favelas no mundo todo. Para cada mulher que não tem dinheiro para dar o leitinho das crianças, cem homens mendigam nas ruas para se alimentar.

O sofrimento feminino é um mito, um fantasma que assombra o homem moderno e o coloca em uma falsa posição de opressor, onde todas as suas conquistas e avanços em prol da humanidade são simplesmente ignorados. Temos que nos lembrar de todos os homens que morreram caçando comida no período pré-histórico, de todos os homens que deram suas vidas para defender idéias novas e perigosas em tempos de opressão e ignorância. De todos os homens que passaram anos trancados em laboratórios para inovar tecnologias que fazem nossas vidas infinitamente mais fáceis. As feministas simplesmente cospem na imagem de todos esses homens e, usando as tecnollogias inventadas por eles, linhas de raciocínio inventadas por eles e assumindo cargos em grandes empresas fundadas por eles, dizem que o tempo de opressão passou e agora é hora delas tomarem as rédeas das próprias vidas e, se possível, das nossas também.

O vitimismo feminino simplesmente assume que durante toda a história da humanidade a grande maioria dos homens "escolheu" deixar as mulheres em casa e sair para caçar, trabalhar e morrer em guerras. Parte do absurdo pressuposto de que todas as mulheres que estavam dentro de casa eram infelizes e estavam loucas para sair e trabalhar pesado em minas de carvão e ir para a guerra também. Hora, me poupe.

O mundo de hoje foi moldado em cima do sangue e suor de milhões de homens que contribuíram, uns mais e outros menos, para nossa evolução. Homens e mulheres caminharam juntos nessa evolução, cada um fazendo sua parte, mas hoje a insatisfaão de umgrupo relativamente pequeno de mulheres se transformou num movimento de proporções globais que já não é mais o que deveria ser: uma luta por igualdade.

Votar é suficiete? Não. Ter montanhas de leis e políticas públicas favoritistas e algumas vezes inconstitucionais é suficiente? Não. Ser o sexo com a maior expectativa de vida e menor índice de acidente no trabalho é suficiente? Não.

A verdade é que nunca será suficiente. O choro feminino por atenção tomou proporções de movimento social e pensamento filosófico. resmungar virou linha de pensamento, virou "personalidade" e as reclamações vão ficando mais sofisticadas a medida que nossa sociedade vai, como sempre, se sofisticando.

Por que os países onde o feminismo é mais forte concentram o maior número de mulheres infelizes? Por que é que quanto mais bem sucedida uma mulher for em sua carreira, menor as suas chances de se casar? Por que será que das pessoas que largam o emprego ou tiram licença por motivo de stress ou saúde, a maioria é mulher? A igualdade está custando caro ás mulheres, e isso não é culpa dos homens.

Eu ainda acho que uma pessoa que quer ser bem-sucedida na carreira que goste, ter tempo para todos os hobbies com os quais se identifica, desenvolver todos os talentos que acha interessante e ainda se dedicar á família tem que estar preparada para lidar com todo o stress que essa visão utóica implica. Ao invés de colocar a culpa dos insucessos e das infelicidades no modo como a sociedade opera, pois afinal, uma coisa que todo o adulto aprende com o tempo é que resmungar não resolve problemas, e feminismo hoje é basicamente isso: resmungar.

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